O dólar comercial opera em forte queda na manhã desta quinta-feira, dia 31, no nível de R$ 3,65. O mercado reage ao apetite global por risco após o comunicado do Federal Reserve (FED), que é o banco central norte-americano, reiterar que a autoridade será ‘paciente’ quanto a política monetária, o que significa que a taxa de juros dos Estados Unidos poderia ser mantida ao longo do ano.
No Brasil, as notícias de que o presidente Jair Bolsonaro pretende seguir com uma reforma da Previdência forte alimentam o otimismo na última sessão do mês.
Às 10h15 de Brasília, a moeda norte-americana caía 1,85% no mercado à vista, cotada a R$ 3,6550 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,6460(-2,09%) e máxima de R$ 3,6820 (-1,13%). No mercado futuro, o contrato para fevereiro tinha queda de 0,81%, a R$ 3,6540.
O economista da Tendências Consultoria Silvio Campos avalia que é possível atribuir uma elevada probabilidade de manutenção da taxa de juros atual dos EUA por um longo período, com apostas até o fim do ano.
“Embora ainda seja pouco provável uma redução da taxa nos próximos meses, os mercados já passam a lidar com as alternativas de aperto mantido até então e de manutenção”, diz.
Ele acrescenta que o comportamento recente do dólar em termos globais perdendo fôlego em relação às demais moedas desde dezembro, é mais um sinal de que superadas as barreiras internas ligadas à reforma da Previdência, há espaço para nos depararmos com um cenário de apreciação do real mais forte que o esperado até recentemente.
Com o Banco Central americano mais preocupado com o crescimento econômico e menos com a inflação, a equipe econômica do Bradesco revisou a projeção de mais uma elevação da taxa de juros norte-americana com apostas de estabilidade, ‘ao menos até o fim do ano’, reitera.
Aqui, as notícias de que Bolsonaro quer incluir os militares na reforma da Previdência adiciona doses de otimismo com o ajuste fiscal, diz a equipe econômica da corretora H.Commcor.
No radar dos investidores está ainda a reunião da comitiva do governo da China com representantes do governo norte-americano em mais uma rodada de conversas sobre a guerra comercial entre os países, gerando expectativas de acordo entre as duas potências, reforçam analistas do Bradesco.
Texto da reforma da Previdência deve ser apresentado em fevereiro