O dólar comercial abriu a sessaõ desta quinta-feira, 13, em alta frente ao real, refletindo a aversão ao risco global em meio à nova metodologia de cálculo de casos do coronavírus qual fez disparar o número de casos confirmados, o que novamente leva os mercados a se protegerem. Às 9h54 de Brasília, a moeda norte-americana operava em alta de 0,55% no mercado à vista, cotada a R$ 4,370 para venda, depois de abrir na máxima histórica de R$ 4,383 (+0,71%).
As autoridades chinesas anunciaram que mais de 15 mil casos foram confirmados de um dia para o outro após mudanças nos métodos de cálculos, somando 52,5 mil casos. Com a nova metodologia, casos dados como suspeitos acabaram sendo confirmados. O número de mortes subiu de 1.113 para 1.367 após a nova contagem.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, os casos adicionais foram emblemáticos para reverter a visão do mercado de que a situação na China estava sob controle. “Os temores do mercado continuam concentrados nos efeitos econômicos primeiramente, na economia chinesa, e depois na economia global”, diz.
No Brasil, a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçando que o dólar acima de R$ 4 é o ‘novo normal’ dão fôlego adicional para a pressão altista da moeda que pode renovar a máxima de fechamento pelo quinto pregão seguido.
Guedes ainda citou nas declarações que diante de um real supervalorizado, à época de patamares de R$ 1,80, estava ‘todo mundo indo para a Disneylândia’. Para Vieira, a declaração do ministro mostra que ainda ‘não existe’ preocupação das autoridades com o atual nível do dólar.