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Dólar eleva valores para milho no segundo semestre

Segundo Imea, dólar valorizado frente ao real é extremamente favorável ao produtor na geração de receitaA expressiva valorização do dólar ao longo de fevereiro elevou os valores para negócios com entrega no segundo semestre, sustentado as cotações internas do milho. A média do preço paridade de jullho de 2015 foi a maior já registrada para o índice, segundo o Imea. 

Fonte: Embrapa

Segundo o boletim divulgado nesta semana, o cereal se valorizou nos portos e motivou reajustes no interior do país, mesmo havendo bom excedente interno. Além disso, a paralisação dos caminhoneiros em diversos estados do país comprometeu o transporte do milho para os principais mercados consumidores domésticos e também para os portos.

De acordo com colaboradores do Cepea, a preocupação foi quanto ao abastecimento de mercados consumidores que tiveram pouca disponibilidade de milho em estoque. Nesse contexto, o Indicador ESALQ/BMFBovespa, referente à região de Campinas (SP)subiu expressivos 8,1% no mês de fevereiro, fechando a R$ 28,96/saca de 60 quilos no dia 27 de fevereiro. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 28,48/sc, reação de 8,3% no mesmo período.

Os contratos na BM&FBovespa seguiram firmes ao longo do mês de fevereiro. O contrato Mar/15 se valorizou 4,3%, fechando em R$ 29,59/sc, e o Maio/15 subiu 3%, fechando a R$ 29,25/sc no dia 27.

O Cepea ressalta, ainda, que os contratos futuros de milho subiram na CME Group, atrelados à valorização nos vencimentos do petróleo. “As variações de preços do petróleo influenciam as cotações do etanol, pois o milho é a principal matéria-prima para a produção do biocombustível. Assim, o contrato Mar/15 de milho subiu 3,9% em fevereiro, fechando a US$ 3,8450/bushel (US$ 151,37/t) e o contrato Maio/15 se valorizou 3,9%, a US$ 3,9325/bushel (US$ 154,81/t) na sexta, 27”, apontou o boletim.

Impacto do dólar na receita e nas despesas

Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), a moeda norte-americana valorizada frente ao real é “extremamente favorável ao produtor na geração de receita”, mas quanto às despesas, impacta de modo negativo, visto que fertilizantes e defensivos são comprados em dólar.

“A pressão dos itens acima sobre o custo com insumos vem aumentando. No custo final da safra 2014/2015 eles corresponderam a 67,93%, e no último levantamento feito pelo Imea já eram responsáveis por 72,24% do custo em reais”, informa o relatório.

De acordo com o boletim do Imea divulgado ontem, dia 16, pelo lado da receita, a alta de 7,71% na taxa de câmbio desde o início do ano foi um dos principais fatores do aumento de R$ 2,49/sc na média mensal do preço paridade de jul/15, deixando-a em R$ 15,78/sc, a maior média mensal para este índice. Caso este cenário para o dólar continue, os produtores podem receber ofertas de preços em níveis maiores que os verificados, no entanto, os custos para a safra 2015/2016 trarão grandes desafios.

Diante da próxima reunião da cúpula do FED (que inicia hoje) e com o cenário econômico turbulento no Brasil, a taxa de câmbio registrou alta de 5,82% na semana passada.

“Impulsionada pelo dólar, a paridade para jul/15 continua se valorizando. Na semana o aumento foi de 3,29%, fechando com média de R$ 16,07/sc. Com as exportações focadas na soja e a fraca demanda por exportação de milho, o prêmio pago no porto de Paranaguá apresentou forte queda de 30%.”

Safra revisada

O Imea revisou também a área da safra 2014/15 de milho em Mato Grosso para 2,96 milhões de hectares. As chuvas dos últimos meses, que beneficiaram a semeadura do milho, somadas à recuperação positiva dos preços no mercado interno, “estimularam os produtores a semear o cereal, aumentando assim a área”. O reajuste da estimativa girou em torno de 136 mil hectares, ante a área de 2,82 milhões de hectares levantada em novembro. Já em relação à produtividade, foi considerado o mesmo número da projeção passada, que se encontra em 86 sacas por hectare. Assim, a produção do cereal é projetada em 15,29 milhões de toneladas.

*Edição de Paula Soprana

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