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Economia

Dólar ultrapassa R$ 5,85 e sobe quase 3% nesta quinta

Nesta quarta, 6, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir a taxa básica de juros, a Selic, ao menor nível da história

dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial ultrapassou no pregão desta quinta-feira, 7, R$ 5,85. Às 12h01, a moeda norte-americana atingia R$ 5,872, com alta de 2,94%, depois de alcançar a máxima de R$ 5,875.

Nesta quarta, 6, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir a taxa básica de juros, a Selic, ao menor nível da história. A entidade dediciu cortar 0,75 ponto percentual, saindo de 3,75% a 3%. A decisão foi feita de forma unânime após dois dias de reunião. Foram levados em consideração para a decisão o cenário econômico em meio à pandemia do novo coronavírus, as expectativas de inflação, queda nos preços das commodities e o balanço de riscos.

Esse já é o sétimo corte seguido realizado na taxa Selic desde julho de 2019. À época, a taxa estava em 6,5%. A expectativa de grande parte dos economistas era de que o comitê decidisse reduzir os juros constantes em 0,25% ou 0,5% ponto percentual. Mas, o corte acima do esperado ainda caminha com as projeções da taxa para o final de 2020. Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 4, prevê que o ano será encerrado com a Selic a 2,75%.

Possível novo corte

Na decisão, o comitê do Copom deixou em aberto a possibilidade de novo corte na taxa Selic em reuniões a serem realizadas nos dias 16 e 17 de junho. Porém, a baixa não deve ser maior do que o atual de 0,75 ponto percentual.

“Para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e ressalta que novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”.

Na decisão, membros do comitê ainda reforçam que é preciso seguir os projetos de reformas estruturantes para garantir a recuperação econômica do país. “O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”.

Dólar a R$ 6,50

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o cenário que o Brasil enfrenta atualmente, com uma crise política e pandemia fará com que a moeda norte americana renove suas máximas constantemente, podendo chegar ao patamar dos R$ 6,50. “O dólar pode chegar e até passar dessa patamar. É uma previsão calçada em alguns pontos, como a queda na taxa de juros que acaba afastando os investidores, a queda da avaliação da dívida brasileira, o cenário político conturbado e o estado das empresas brasileiras”, disse.

Segundo Daoud, o Brasil sempre teve como atrativo de investidores o sistema financeiro com uma taxa robusta de juros.”Hoje, se ‘vendem’ os juros para comprar o dólar, que está mais vantajoso”, concluiu.

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