Dólar faz preço do boi gordo subir mais uma vez e chegar a R$ 310

Em São Paulo, são três dias consecutivos de valores mais altos; além do câmbio, oferta restrita de animais também dá suporte às cotações

boi gordo
Foto: Madson Maranhão/Seagro-TO

O mercado físico do boi gordo volta a apresentar negociações acima da referência média. Novamente o câmbio foi um fator preponderante para justificar um comportamento mais agressivo dos frigoríficos exportadores na compra de gado, principalmente aqueles habilitados a exportar para a China.

No que diz respeito à oferta, a situação pouco mudou. O ambiente ainda é pautado por um quadro de forte restrição, resultando na dificuldade de composição das escalas de abate que ainda atendem entre dois e três dias úteis. “Muitos frigoríficos adotam estratégias para mitigar os efeitos do encarecimento da matéria-prima no mercado doméstico, redução da capacidade de abate e até mesmo férias coletivas ocorrem em diversas unidades do Centro-Sul do país”, explica o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Em São Paulo, os valores do boi gordo subiram pelo segundo dia consecutivo e chegaram a R$ 310. Em Goiás, os valores ficaram em R$ 295. Em Minas Gerais, o preço chegou a R$ 303. Em Mato Grosso do Sul, a arroba ficou em R$ 293. Já em Mato Grosso, os negócios foram registrados a R$ 300 a arroba.

Atacado

O mercado atacadista apresenta continuidade do movimento de alta na terça-feira. O ambiente de negócios ainda sugere reajustes pontuais no curto prazo. O grande problema é que a demanda doméstica ainda encontra dificuldade para absorver reajustes mais robustos da carne bovina no atacado, em linha com a descapitalização neste início de ano.

O corte traseiro permanece precificado a R$ 20, por quilo, alta de R$ 0,30. O corte dianteiro é vendido a R$ 16,10, por quilo. Já a ponta de agulha permanece precificada a R$ 15,70, por quilo.