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Dólar fecha a R$ 3,10 e melhora a relação de troca com insumos

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: AP

Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em alta para o grão. As preocupações com o clima nos Estados Unidos determinaram a quarta sessão consecutiva de ganhos. A perspectiva é de tempo seco para os próximos dias no meio-oeste dos Estados Unidos nos próximos dias, o que poderia causar prejuízo às lavouras pouco antes do início da colheita. A chegada do furacão Irma no país também ajudou na sustentação dos preços.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que as importações de soja da China no ano comercial 2017/2018, que tem início no dia 1° de outubro, poderão chegar a 92,5 milhões de toneladas, contra os 91 milhões de toneladas do ciclo passado.

No Brasil, o dia foi de lentidão na maior parte do país. Com a véspera do feriado de Independência e a queda do dólar, a oleaginosa teve um dia mais devagar. Apesar da quarta alta consecutiva de Chicago, os preços da soja no mercado interno ficaram predominantemente estáveis. 

De acordo com a Brandalizze Consulting, a queda do dólar e a alta em Chicago melhoraram ainda mais as posições de trocas do grão por insumos, que ficou mais vantajosa na maior parte do país. O dia foi de correria nas revendas para agilizar os negócios, que estão atrasados na comparação com o ano passado.

Dólar
A percepção de que o governo do presidente Michel Temer ganhou força contra a Procuradoria Geral da República acabou reduzindo o “prêmio de risco” político fez o dólar atingir o menor patamar em mais de três meses, fechando a R$ 3,103 na venda com queda de 0,57%.

O reconhecimento de irregularidades por parte do procurador geral da república, Rodrigo Janot, nas provas contra Temer enfraquecem a denúncia de corrupção passiva e deixam o caminho mais fácil para o governo avançar com medidas econômicas no Congresso. 

A aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Senado também ajudou na baixa do câmbio.

Ainda refletindo as informações internas, o índice da bolsa de valores de São Paulo (Ibovespa) fechou o pregão com 73.412 pontos e alta de 1,75%, encostando na máxima histórica de fechamento.

No cenário econômico, Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela quarta vez consecutiva a taxa básica de juros, a Selic. A diminuição foi de um ponto percentual, ficando agora em 8,25% ao ano. Com isso, os juros caem ao patamar mais baixo desde julho de 2013.

Milho
O mercado agrícola tentou manter o milho em Chicago com cotações mais altas, em pleno início de colheita nos Estados Unidos. No entanto, com o dólar perdendo o ritmo de desvalorização as commodities também limitaram o movimento de alta. A expectativa de chuvas no milho para o fim de semana e próxima semana também acomodaram um pouco as expectativas, pois ajudam as lavouras mais tardias em final de ciclo. 

O foco principal continua sendo o relatório do USDA do dia 12 de setembro e os ajustes que surgirão na produtividade esperada e no quadro de oferta e demanda. 

No BM&F o os investidores vão respondendo ao quadro do mercado físico paulista e os preços firmes nos portos, apesar da forte valorização do real na semana. O mercado dependerá muito da retomada das vendas por parte do produtor no início da próxima semana. Uma resistência continuada às vendas pode colocar os preços do milho CIF acima de R$ 30 na segunda quinzena de setembro.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) teve uma quarta-feira de cotações mais altas. A baixa do dólar contra o real e outras moedas, os ganhos do petróleo e de outros mercados deram sustentação ao arábica. Porém, o mercado nova-iorquino, teve os ganhos reduzidos. 

Já o café conilon na bolsa de Londres (Liffe) teve suas operações com preços mais baixos. As cotações caíram diante de indicações e sentimento de uma oferta mais tranquila de robusta na temporada 2017/2018. As indicações são de melhora na oferta vietnamita, reduzindo as preocupações com a disponibilidade de café desta variedade. 

O mercado brasileiro teve uma quarta-feira de preços do café estáveis, com fraca movimentação. O comportamento de Nova York para o arábica e o feriado desta quinta-feira, dia 7, esvaziaram as negociações no país.

Boi
Os preços do boi gordo continuam subindo nas principais praças de comercialização do país. Diversos frigoríficos enfrentam dificuldades na composição de suas escalas de abate, e precisaram comprar boi para o início da próxima semana, avaliando que o feriado da quinta-feira prejudicará as negociações na sexta-feira, apesar de se tratar de dia útil. Enquanto isso, as escalas de abate permanecem posicionadas entre dois e três dias.

No atacado os valores da carne ficaram estáveis. A expectativa ainda é por reajuste dos preços no curto prazo, em linha com o aquecimento da demanda durante a primeira quinzena do mês. Os frigoríficos ainda se deparam com estoques enxutos, situação que aumenta a propensão a reajustes.

Segundo a Safras & Mercado, em São Paulo o preço ficou em R$ 150 a arroba, contra R$ 149. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 142, contra R$ 141. 

Previsão do tempo
Chove sobre o extremo sul e litoral do Rio Grande do Sul. Os volumes de água não são tão elevados, mas há muitas descargas elétricas. Sobre o norte e noroeste do Amazonas e norte de Roraima as isoladas pancadas de chuva ocorrem novamente nesta madrugada, acompanhadas por raios, devido ao calor e a alta umidade do ar. Por fim, a circulação dos ventos em altitude mantém a chuva constante e fraca entre Sergipe e o Rio Grande do Norte. Salienta-se que essa chuva ocorre desde o início da quarta-feira e os maiores volumes de água, nas últimas 24 horas, foram observados em Sergipe, inclusive a capital é que apresenta um dos valores mais altos. No restante do país o que ainda predomina é o ar seco, inibindo qualquer nuvem carregada de chuva.

Sul
Nesta quinta-feira, o tempo será quente em todo o Paraná, Santa Catarina e centro-noroeste do Rio Grande do Sul. Na faixa leste dos três estados há ventos que sopram de forma moderada e constante, que amenizam o calor. Já no restante do Rio Grande do Sul, o dia até começa aberto, mas no decorrer da tarde áreas de instabilidade que são alimentadas por um corredor de umidade da Amazônia trazem chuvas com trovoadas, além de ventos moderados a fortes.

Sudeste
O tempo deve ficar firme em todo o Sudeste. Apenas no norte do Espírito Santo é que tem previsão de chuva no final do dia, de forma fraca. A agitação marítima já diminui na costa de São Paulo, e apenas o litoral deste estado é que começa o dia com mais umidade, mais nuvens e temperaturas mais baixas. Em todas as demais regiões do Sudeste, o dia será firme e ensolarado, com temperaturas em elevação.

Centro-Oeste
Um bloqueio atmosférico impede o avanço de frentes frias pelo Sudeste e por isso o tempo segue seco em grande parte do Centro-Oeste neste feriado. O sol predomina ao longo do dia e as temperaturas seguem elevadas em toda região. A umidade relativa do ar fica abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia. Apenas no noroeste de Mato Grosso é que tem um pouco mais de umidade e as nuvens carregadas se formam a partir da tarde. No entanto, a umidade presente na atmosfera não é suficiente para provocar chuva.

Nordeste
Tem previsão de chuva desde o sul da Bahia até as praias do Rio Grande do Norte, com potencial para elevados acumulados. Há risco de ressaca entre Ilhéus (BA) e João Pessoa (PB). No nordeste do Ceará e no norte do Maranhão, a chuva que ocorrer é mais isolada e com acumulados mais baixos. Em todas as demais áreas nordestinas o sol predomina ao longo do dia e as temperaturas sobem rapidamente, algo que acontece também em Teresina (PI).

Norte
O tempo seco continua no Tocantins e volta a abrir também em Rondônia, Acre e sul do Amazonas e do Pará. O sol predomina ao longo do dia e a umidade do ar fica bem abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia. Em todas as demais áreas do Norte o sol também aparece, mas tem muita umidade e, junto com as temperaturas elevadas, forma nuvens carregadas. Os maiores acumulados são esperados em Roraima e no norte amazonense.

Estados Unidos
O furação Irma atingiu o Caribe nesta quarta-feira e já provocou 8 mortes, 23 feridos. Segundo o Centro Nacional de Furacões do governo dos Estados Unidos, o Irma está entre os cinco mais poderosos furacões do Atlântico dos últimos 80 anos, e é o mais forte do oceano a sair do mar do Caribe e do Golfo do México e atingir a costa. O fenômeno já atinge 295 quilômetros por hora durante os picos.

A expectativa dos analistas é que os preços das commodities nas bolsas internacionais tenha alguma alta, gerada pela apreensão do mercado em relação ao fenômeno climático. Há possibilidade de um novo fôlego nos próximos dias.

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