O dólar comercial opera em queda desde a abertura dos negócios, abaixo de R$ 5,80, acompanhando a sessão mais
positiva no exterior com a moeda perdendo terreno, principalmente para as divisas de países emergentes, em meio às preocupações recentes na Ásia com possibilidade de uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus. Aqui, a política local segue no radar dos investidores.
Às 10h19 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,85% no mercado à vista, cotada a R$ 5,768 para venda, enquanto o contrato para junho recuava 0,89%, a R$ 5,7725. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,41%, aos 99,829 pontos.
“O tom dos mercados é majoritariamente positivo, apesar do fechamento negativo Ásia, refletindo os dados fracos de inflação da China e o temor por sinais de uma segunda onda de infecções por coronavírus na região e na Europa, o que mantém investidores na defensiva”, avalia o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.
Mais cedo, saiu a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) no qual houve corte de 0,75 ponto percentual (pp) da taxa básica de juros (Selic), saindo de 3,75% para 3,00%. Para o analista da
corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, o documento sinalizou a preocupação do Comitê para a economia com o isolamento em termos mundial. “A expectativa segue para um novo corte da Selic na próxima reunião, em junho”, diz.
Ainda no ambiente doméstico, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca que o veto do presidente Jair Bolsonaro à versão aprovada pelo Congresso do congelamento de salários dos servidores deve
continuar no foco dos investidores. “Esse veto deve sair hoje ou amanhã, e pode atender aos pedidos da área econômica. Porém, há receio de o veto ser derrubado pelo Congresso”, diz.