O dólar comercial opera em alta frente ao real desde a abertura dos negócios em dia de liquidez reduzida em meio ao feriado nos Estados Unidos. Aqui, investidores observam que o Banco
Central (BC) não anunciou nenhuma operação após duas sessões seguidas de intervenção da autoridade monetária, o que ajudou a aliviar a pressão da moeda na semana passada, quando renovou máximas históricas sucessivas.
No inicio da manhã desta segunda-feira, 17, a moeda norte-americana operava em alta de 0,32% no mercado à vista, cotada a R$ 4,315 para venda, enquanto o contrato para março subia 0,34%, a R$ 4,316.
No cenário internacional, em dia de feriado de Dia do Presidente nos Estados Unidos, o coronavírus segue no radar dos investidores, mesmo com um viés de tranquilidade. Para analistas da corretora Commcor, a segue delicada e “exigindo prontidão” para momentos de estresse nos mercados.
“Por ora, o comprometimento não apenas da China, mas também de países vizinhos em combater a situação, segue embasando alguma tranquilidade”, avaliam. Até o momento, 1,7 mil pessoas morreram e os casos confirmados passam de 70,5 mil.
Porém, o alívio nos mercados asiáticos e europeu não reflete aqui, mantendo a moeda acima de R$ 4,30, após operar abaixo do nível na sexta-feira, 14, indo a R$ 4,29. O recuo refletiu as ações do BC com venda de dólares no mercado futuro – swap cambial tradicional. Ao todo, foram colocados no mercado US$ 2,0 bilhões em dois dias de operação.
“Investidores continuarão tentando antecipar qual é a estratégia do Banco Central”, diz o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.