Após oscilar nas primeiras horas de negócios, o dólar comercial firmou, nesta sexta-feira, dia 12, queda frente ao real ainda refletindo o otimismo do mercado com a reforma da Previdência, que agora está em fase de análise e votação dos destaques, em meio à dúvidas sobre a possibilidade de conseguir votar a pauta no segundo turno antes do recesso parlamentar. Às 11h57 de Brasília, o dólar à vista operava em queda de 0,13% no mercado à vista, cotada a R$ 3,747 para venda. No mercado futuro, o contrato para agosto tinha queda de 0,27%, a R$ 3,752.
Para o analista da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, mesmo com declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que a próxima etapa pode ficar para a volta do recesso parlamentar, em agosto, investidores seguem precificando a aprovação da reforma na Casa.
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Ele acrescenta que, apesar das oscilações, o dólar está com ‘nova resistência psicológica’ no patamar de R$ 3,75. “A Previdência está bem precificada neste patamar. Precisa acontecer algo bem importante lá fora com força para fazer a moeda cair mais”, diz.
Lá fora, o viés também é otimista com declarações do presidente do Federal Reserve (FED) o banco central norte-americano, Jerome Powell, no Congresso dos Estados Unidos, dando conta de que o corte da taxa de juros e outras medidas de estímulo estão no radar, destacam os analistas da Coinvalores.
Lá, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), divulgado nesta sexta e acima do esperado, com alta de 0,1% em junho ante expectativa de estabilidade, contribui para o bom humor dos ativos.