O dólar comercial opera em queda de mais de 1,8% frente ao real desde a abertura dos negócios, chegando a ficar abaixo de R$ 5,30, acompanhando o otimismo global em meio à busca por risco com a perspectiva de reabertura de economias importantes e avaliando os esforços de ajuda monetária e fiscal de grandes economias.
Às 10h25 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 1,85% no mercado à vista, cotada a R$ 5,2870 para venda, depois de operar nas mínimas de R$ 5,2980 (-1,65%), enquanto o contrato para julho recuava 0,91%, a R$ 5,3255.
A equipe econômica da Commcor avalia que os “aparentes gatilhos” para a busca por risco seguem os mesmos dos últimos dias com a expectativa de recuperação da atividade econômica global em meio aos graduais processos de
reabertura e a contínua ajuda financeira dos principais países no combate aos impactos da pandemia do novo coronavírus.
“Com destaque para a Alemanha, que está próxima de acordo para um segundo pacote de estímulo de aproximados 100 bilhões de euros ainda hoje”, comentam os analistas. Notícia que anima o mercado acionário europeu ao exibir
forte valorização dos índices das principais bolsas de valores da região.
O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, acrescenta que, mesmo diante da “inquietação social” nos Estados Unidos que levou o presidente Donald Trump a declarar que, caso governadores não tenham mais controle das manifestações, acionará as forças militares do país, investidores focam a atenção aos ciclos de reabertura e retomada da atividade econômica em várias partes do país, além de algumas regiões da Europa.
“Além dos possíveis efeitos no curto prazo, principalmente, no verão do hemisfério norte”, diz Vieira. Os analistas da Commcor reforçam que, apesar do mercado “não parecer muito preocupado” com a situação norte-americana,
é um ponto de análise. “Uma eventual escalada adicional [das manifestações] pode atrasar os planos de reabertura dos negócios”, reforçam.