- Boi: indicador do Cepea chega ao menor patamar em quase dois meses
- Milho: cotações não resistem à queda do dólar
- Soja: dólar derruba preços internos
- Café: recuperação em Nova York e no Brasil
- No exterior: encerramento da semana tem aumento da incerteza
- No Brasil: dólar chega ao menor valor em seis meses
Agenda:
- Brasil: pesquisa mensal de serviços de outubro (IBGE)
- Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso (Imea)
- EUA: estimativa para produção global de café (USDA)
Boi: indicador do Cepea chega ao menor patamar em quase dois meses
O indicador do boi gordo do Cepea recuou pelo quinto dia consecutivo e passou de R$ 265,3 para R$ 263 por arroba. Dessa forma, os preços chegaram ao menor patamar em quase dois meses (R$ 261,45 no dia 15 de outubro).
Na B3, os contratos futuros do boi gordo também tiveram um dia de baixas e não confirmaram a esperança de recuperação após a alta do dia anterior. O vencimento de dezembro passou de R$ 257,75 para R$ 255,5 e o janeiro foi de R$ 252 para R$ 251,4 por arroba.
Milho: cotações não resistem à queda do dólar
Os contratos futuros de milho negociados na B3 abriram o dia se encaminhando para o terceiro limite de alta consecutivo. Porém, com a grande pressão sobre o dólar, que ao longo do dia encostou em R$ 5, as cotações não resistiram e tiveram expressivo recuo.
O vencimento para janeiro passou de R$ 74,99 para R$ 73,05 e o março foi de R$ 76,02 para R$ 73,86 por saca. Quedas de quase 3% na média. O indicador do milho do Cepea voltou a ter um leve recuo e caiu de R$ 73,61 para R$ 73,46, acumulando desvalorização de 6,2% em dezembro.
Soja: dólar derruba preços internos
Com o dólar se aproximando dos R$ 5, os preços da soja no mercado interno seguem bastante pressionados. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o dia foi marcado por ausência de negócios tanto no disponível quanto na safra futura.
Além disso, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) trouxe estoques finais acima dos projetados pelos investidores e gerou baixas também em Chicago.
Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 144 para R$ 140. No porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 147 para R$ 145. Em Rondonópolis (MT), recuou de R$ 151 para R$ 144.
Café: recuperação em Nova York e no Brasil
Os preços do café arábica na Bolsa de Nova York tiveram boa recuperação e o primeiro futuro subiu 3,42% na passagem diária. Apesar da desvalorização do dólar em relação ao real, o mercado brasileiro seguiu a direção do exterior e registrou cotações mais altas de acordo com a Safras & Mercado.
A consultoria também apontou um dia mais movimentado na comercialização, mas ainda sem grandes volumes envolvidos. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação subiu de R$ 560/565 para R$ 565/570.
No exterior: encerramento da semana tem aumento da incerteza
O encerramento desta semana tem aumento da incerteza em relação aos acordos entre Reino Unido e União Europeia, e entre democratas e republicanos nos Estados Unidos. Na Europa, o acordo comercial pós-Brexit parece ter estacionado novamente e preocupa os investidores. Nos EUA, os mercados também não veem avanço nas negociações para um novo pacote de estímulos. Sem a aprovação, milhões de norte-americanos podem ficar sem acesso a benefícios disponibilizados aos desempregados.
Do lado positivo, nesta quinta-feira, 10, um painel de conselheiros da Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana responsável pela aprovação de medicamentos e alimentos, recomendou a aprovação da vacina da Pfizer para uso emergencial nos Estados Unidos.
No Brasil: dólar chega ao menor valor em seis meses
O fluxo de capital estrangeiro na bolsa brasileira, os dados positivos do varejo e a sinalização do Banco Central de dar liquidez às instituições financeiras que precisem comprar dólares para se adequar a nova tributação, levaram a moeda norte-americana a fechar no menor patamar em seis meses. O dólar teve um recuo diário de 2,6% e ficou cotado a R$ 5,0379, menor nível de fechamento desde o dia 10 de junho (R$ 4,9355).
As vendas do varejo, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiram 0,9% em outubro na comparação mensal e ficaram acima do projetado pelo mercado. Na comparação anual, o comércio varejista subiu 8,3%, marcando a quinta taxa positiva nesta base.