O pagamento permitirá à DuPont usar traços desenvolvidos pela Monsanto em suas próprias sementes de milho e soja. Como parte do negócio, anunciado na terça, dia 26, as duas empresas concordaram em renunciar à multa de US$ 1 bilhão prevista em decisão judicial que a DuPont pagaria por violação de patentes da Monsanto.
Os acordos se estendem a produtos que a Monsanto lançará em breve no mercado, como uma semente de soja que sobrevive à aplicação do herbicida dicamba, bem como a itens existentes da Monsanto cujas patentes expirarão nos próximos anos. A Monsanto já tinha licenciado alguns de seus traços geneticamente modificados para a DuPont por uma taxa, mas a expiração de algumas patentes despertou incerteza sobre se a DuPont continuaria podendo incorporá-los em novos produtos de sementes.
As duas empresas competem pelo domínio do mercado de milho e soja dos Estados Unidos, que representa mais de 180 milhões de acres plantados em todo o país. A Monsanto é a maior empresa de sementes do mundo, à frente da DuPont. A DuPont, no entanto, é líder de vendas de sementes de soja nos EUA.
Pelos termos dos acordos de licenciamento, a DuPont oferecerá sementes de soja com traços desenvolvidos pela Monsanto no ano que vem. Como parte do acerto, a DuPont vai fazer quatro pagamentos de royalties anuais fixos entre 2014 e 2017, totalizando US$ 802 milhões, para apoiar o desenvolvimento de traços e promover a sua introdução comercial.
Além disso, a partir de 2018, a DuPont pagará royalties, em uma base por unidade, por acesso à tecnologia de dois produtos de sementes de soja, com pagamentos mínimos anuais até 2023. Em contrapartida, a Monsanto terá acesso a determinadas patentes da DuPont de resistência a doenças e desfolha do milho.