O trabalho de mãos calejadas transformou a capital do país em uma referência no agronegócio. No local, o rendimento das lavouras de trigo é superior a quatro mil quilos por hectare, 60% acima da média nacional. A soja também é um sucesso. Na última safra, os agricultores conseguiram uma produtividade 21% maior do em outras regiões do país.
? Eu me sinto realizado e feliz por ter conseguido vencer todos esses obstáculos e fazer parte também da história de Brasília ? diz o agricultor Renato Triacca.
A pecuária também se desenvolveu na área de 125 mil hectares do Programa de Assentamento Dirigido (PAD-DF).
O progresso foi tanto que não demorou para que empresas fossem atraídas à região. Atualmente, a região possui frigoríficos, indústrias de sementes, de laticínios e moinhos de trigo.
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A produção é individual, mas para ganhar força na hora de negociar, os produtores criaram uma cooperativa e um moinho, para onde vai todo o trigo das lavouras.
De lá saem 45 toneladas de farinha por dia. O destino são padarias, restaurantes e supermercados ? não só de Brasília, mas também cidades de Goiás e Minas Gerais. O trabalho e a visão de negócio não param.
? A gente produz sementes para a Embrapa. As variedades desenvolvidas pelo Centro-oeste é a gente que produz para a Embrapa ? explica o responsável pelo moinho, Leandro Maldaner.
Em meio às lavouras, surgiu uma vila, um parque de exposições e até um Centro de Tradições Gaúchas. É nele que a vida social acontece. Os costumes do sul, trazidos pelos pioneiros, fazem parte do dia-a-dia até mesmo para quem nasceu em Brasília. Foi na história da família que o veterinário Carmos Triacca encontrou inspiração para compor. A música virou o hino dos agricultores da capital do país.
