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Economias do mundo ameaçam atividade de paraísos fiscais

Reunião do G20 pode lançar a reforma do sistema financeiroChamados de buracos negros no sistema econômico mundial, os paraísos fiscais estão na mira. O aprofundamento da crise financeira eleva a pressão sobre países e dependências que adotam o sigilo bancário.

O dinheiro que estaria depositado em contas de correntistas e companhias de todo o mundo nos paraísos fiscais não é pouco. Estima-se que chega a US$ 7 trilhões, o que representa em torno de cinco vezes o Produto Interno Bruto brasileiro ou um oitavo da economia mundial.

Em reunião na Suíça dos principais bancos centrais do mundo, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse nessa segunda, dia 9, que vai aconselhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apoiar a proposta da Alemanha e da França de dar um basta às atividades desses locais. Os dois países europeus defendem o fim dos paraísos fiscais, alegando que essas regiões permitem fraudes e contribuem para a falta de transparência. Além disso, temem que o dinheiro dado por governos para salvar empresas acabe em contas secretas nesses paraísos.

O Brasil, que busca recuperar recursos de fraudes e evasão na Suíça, nas Ilhas Cayman, nas Ilhas Jersey, em Mônaco e outros, vê a ideia com bons olhos. A proposta poderá ser submetida à cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do globo, que está marcada para início de abril, em Londres, na Inglaterra. No encontro, espera-se lançar uma reforma do sistema financeiro. Meirelles e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúnem com Lula nesta semana para fechar as propostas e na sexta-feira partem para a capital inglesa para um primeiro encontro em nível ministerial.

O Brasil também deverá levar ao G20 uma proposta para estabelecer uma nova fiscalização de operações financeiras internacionais, além de reforçar e reformar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e fazer um apelo contra o protecionismo. O objetivo imediato é tentar determinar como instituições multilaterais poderão resgatar economias em desenvolvimento e evitar um calote generalizado.

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