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Economista considera complicado aumentar juros para conter inflação condicionada por alimentos

Jason Vieira também vê risco em delegar ao Banco Central a responsabilidade pela política econômicaO aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (a Selic passou de 12,25% para 13%) revelou uma preocupação maior do governo com o controle da inflação e a manutenção do índice dentro da meta do governo. Mas de acordo com analistas, ao contrário de ocasiões anteriores - quando ao aumento foi de apenas 0,5 ponto - a dose pode ter sido excessiva.

Em entrevista ao Agribusiness, nesta quinta-feira, dia 24, o economista da Up Trend Jason Vieira lembrou que boa parte da inflação é condicionada pela alta dos alimentos. Por isso, avaliou que é complicado utilizar um instrumento “amargo” como a elevação dos juros para conter o aumento dos preços.

? Preço de alimento, não adianta subir juros, porque as pessoas não vão deixar de comer ? analisou o economista.

Vieira concordou com a tese de que o governo delega ao Banco Central toda a responsabilidade pela política econômica do país.

? Esse é um dos maiores problemas. Delega-se, o peso fica muito grande e o Banco Central é obrigado a agir de maneira mais conservadora, como agora.

O economista da Up Trend disse acreditar que o conservadorismo do Banco Central tem a ver com o histórico de inflação alta no Brasil durante a década de 80 e início dos anos 90. Ele lembrou que o país ainda tem a maior taxa de juros do mundo e reforçou a necessidade de realização da Reforma Tributária e de um ajuste fiscal.

Jason Vieira explicou, por outro lado que, como o aumento dos juros valoriza a moeda e a rentabilidade dos investimentos, o Brasil pode ser alvo de aplicações com capital estrangeiro. Mas descartou que isso ocorra no curto prazo, dada a volatilidade atual no mercado.

? Boa parte do dinheiro que saiu daqui foi para fazer caixa e cobrir perdas lá fora. Para retornar esse dinheiro, precisa de uma estabilidade, principalmente nos Estados Unidos.

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