Ele explicou, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) em parceria com a EBC Serviços, que a estatal está há oito anos sem reajustar o preço do barril, “o que envolveria indiretamente aumento no preço da gasolina ao consumidor”.
? A Petrobras, há dois anos, baixou o preço do petróleo fornecido às refinarias, ao invés de aumentar ? destacou Lobão.
Ele afirmou que o plano da empresa era, há muitos anos, só reajustar o preço do petróleo quando ele ultrapassasse US$ 105 e “no entanto o valor continua estável mesmo na situação atual”, em que o preço do barril está mais alto. Mas o ministro espera que o preço do petróleo no mercado internacional vá se estabilizar, a partir do equilíbrio da produção na Arábia Saudita, que está sendo esperado.
Lobão disse que ele próprio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente Dilma Rousseff querem que a gasolina seja vendida a preços mais baratos. O valor atual, que a população considera alto, “se deve ao funcionamento do mercado”, segundo Edson Lobão.
? Um dos impactos que estão pressionando o preço, além da exploração dos postos de combustível, é o preço alto do etanol, em vista da queda na produção da cana de açúcar e da priorização que os produtores estão dando para a fabricação de açúcar ? explica o ministro.
? A intenção do governo é que a Petrobras passe a tratar o etanol como combustível, cuidando do aumento de sua produção ? argumentou.
A fixação anual de um percentual de produção de álcool combustível e de cana de açúcar, de acordo com estimativa da safra, teria que ser fixado por meio de lei, disse Lobão. A maioria das usinas que processa a cana foi financiada com estímulo do governo, por isso os produtores têm que trabalhar pelo equilíbrio da situação.