Campos afirmou que as propostas de governo vão ser montadas a partir de três diretrizes, mas ainda está ouvindo todos os setores econômicos do país. De acordo com o governador, um grupo de trabalho, sediado em São Paulo, está trabalhando nas propostas há 21 dias.
– Queremos produzir um programa de governo que vai falar sobre a atividade primária, logística, agropecuária, economia, entre outros assuntos relacionados ao setor. Queremos expressar nosso pensamento. É tempo de procurar as entidades, aproximar e ver os pontos em comum – salienta o governador.
Sobre a aliança política com outros partidos, Campos diz estar voltado apenas para a união com a rede, grupo liderado pela suposta candidata à vice-presidência, Marina Silva, e que ainda não sentou com outras legendas para definir os apoios.
– Não tenho tido conversas mais objetivas com outros partidos ainda, porque nesse tempo a gente tem se dedicado ao PSB e à rede, na formação dessas diretrizes. Mas é claro que vai chegar um período que será necessário se aliar a outros partidos. Vamos fazer no tempo certo, quando nós – PSB e rede – tivermos um documento de referência para criar um diálogo com as alianças em torno de conteúdo – diz.
Durante a reunião, Campos foi cobrado sobre a aliança com Marina Silva, que defende a postura mais radical dos ambientalistas. O presidente da SRB, Cesário Ramalho, diz que a entidade vê uma dificuldade no diálogo entre os dois políticos e pede mais clareza na inclusão dos produtores no plano de governo.
– Campos vai fazer uma ponte com solidez, vai trabalhar para isso. Nós esperamos que sim. Ele apresenta um projeto moderno. É um projeto para beneficiar a população – salienta Ramalho.
O governador se dispôs a assinar uma carta compromisso com os produtores, da mesma forma que o ex-presidente Lula fez em 2002.
– É um compromisso fantástico que mostra a disposição dele como brasileiro que quer integrar, somar. E não um brasileiro que quer dividir. Como é que nós vamos eleger um governo que tem de um lado o agronegócio, do outro os ambientalistas, do outro a indústria, do outro o branco, do outro o negro. Não é assim que se governa. O estadista tem que negociar com todos os brasileiros – diz Ramalho.
Assista ao comentário de Miguel Daoud sobre o compromisso do pré-candidato.