Para o presidente da empresa, Sereno Chaise, o ritmo de expansão do país impõe a necessidade de rapidez para novos investimentos em geração.
? Vai levar entre um ano e meio e dois anos para (a Fase D) ir a leilão ? diz Chaise, referindo-se ao processo de licitação de venda de energia que viabilizaria o investimento.
Consideradas obsoletas, com equipamentos de até 30 anos de uso, as fases A e B passarão por reformas. A capacidade instalada original é de 446 MW, mas defeitos reduzem a geração a 120 MW, informa a estatal. A produção inferior ao que tem de entregar por força de contratos obriga a empresa a adquirir energia no mercado, operação que dá prejuízo. Para elevar a geração a até 300 MW, a CGTEE vai investir R$ 105 milhões na reforma de equipamentos. A “meia-sola”, como o próprio Chaise define, deve estar concluída em abril de 2011 e dar vida útil de mais cinco anos às máquinas.
Como polui mais devido à tecnologia defasada e tem prazo de validade limitado, a CGTEE já começa a planejar uma futura Fase E para substituir o parque antigo. O projeto, entretanto, ainda não foi esboçado.
? Isso é para oito a 10 anos ? avalia.
Inaugurada em 1953, a usina de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul, também será revitalizada. Tem capacidade de 20 MW, mas gera só 5 MW. A CGTEE está em tratativas com a Eletronorte para a transferência, de Manaus, de duas máquinas geradoras de 25 MW cada. Os equipamentos devem gerar energia em 2012.
O assessor técnico em energia da Secretaria de Infraestrutura e Logística do RS, José Wagner Kaehler, não compartilha da projeção de colocar a Fase C em operação em setembro.
? Contamos com a Fase C gerando comercialmente apenas em fevereiro ? diz, ao entender que não haverá tempo para a finalização das obras e dos testes para operar com segurança os equipamentos chineses.