O plantel de suínos da China cresceu novamente em junho, considerando o número de animais vivos e o estoque de fêmeas, segundo o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. De acordo com levantamento da pasta em 400 municípios monitorados, o número de fêmeas reprodutoras aumentou 3,6% em junho em relação a igual mês do ano passado.
“Desde outubro do ano passado, o estoque de fêmeas reprodutoras cresce há nove meses consecutivos, um aumento de 28,6% em relação a setembro do ano passado”, destaca o comunicado do ministério. De acordo com o estudo, o abate de animais aumentou 6,5% em junho ante maio – quarta alta mensal consecutiva – e representa avanço de 36,7% em relação a fevereiro.
O volume nacional de suínos vivos também aumentou em junho ante maio, registrando o quinto incremento mensal consecutivo. Segundo o diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, Yang Zhenhai, no fim de junho o plantel chinês era de 340 milhões de suínos, 30 milhões animais a mais que em relação ao fim do ano passado. “No geral, a taxa de recuperação da capacidade de produção é melhor do que o esperado”, disse Yang.
O ministério espera que o número de suínos prontos para o abate aumente gradualmente em julho e que a oferta doméstica de carne suína continue melhorando até o fim do ano. Ao mesmo tempo, as importações de carne suína este ano devem aumentar em mais de 1 milhão de toneladas em relação ao ano passado.
O comunicado destaca, ainda, que a recuperação do plantel anima os produtores a investirem na criação de suínos. De acordo com o monitoramento, 6.177 fazendas de suínos em larga escala recém-construídas foram colocadas em produção na primeira metade do ano e 10.788 fazendas de suínos em grande escala foram reabastecidas no ano passado. Apesar dos progressos, o ministério pondera que a tarefa de estabilizar a produção e a oferta local, após a epidemia da peste suína africana, “ainda é árdua”.
A expectativa do governo chinês é de recuperar o plantel de suínos em nível próximo ao observado antes da doença até o fim deste ano. “Devemos continuar aumentando nossos esforços para manter o bom momento de recuperação na produção de suínos vivos”, destacou Yang. O ministério informou, ainda, que, com a retomada gradual das atividades econômicas do país após a pandemia do novo coronavírus, o consumo de carne suína aumentou significativamente e os preços do produto voltaram a subir em junho após três meses de queda.
“Espera-se que o consumo de carne suína na indústria de restaurantes continue a crescer no período posterior. De um modo geral, o preço da carne suína vai aumentar sazonalmente todos os anos, de junho a setembro, e o crescimento do consumo após o controle efetivo da pandemia do novo coronavírus será adicionado este ano, e a pressão para cima pode ser ainda maior”, disse Yang.