Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Diversos

Em primeira reunião do ano, Aneel decide não analisar taxação da energia solar

Expectativa da agência é que até o fim de março o assunto seja resolvido; na reunião, cinco diretores votam sobre a retirada de subsídios e ganha a maioria simples

A primeira reunião de diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acontece nesta terça-feira, 21. No entanto, a diretoria do órgão decidiu não colocar em discussão ainda a resolução 482, que muda algumas regras e prevê o fim de subsídios para quem gera energia própria.

De acordo com a agência, a decisão de não definir a medida que taxa a energia solar acontece porque as contribuições da consulta pública sobre o assunto, que terminou em 30 de dezembro, ainda passa por um processo de análise e inclusão no sistema. 

A expectativa da Aneel é que até o fim de março o assunto seja resolvido. Na reunião, que ainda não tem data definida, cinco diretores da agência apresentam seus argumentos e votam pela retirada ou não dos subsídios. Vence a maioria simples. A votação será transmitida pela internet e pode contar com a participação presencial da população.

Retirada de subsídios

A resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diz que o produtor pode tanto consumir quanto injetar na rede de distribuição a energia elétrica produzida por ele. Essa diferença entre o que ele consome e o que produz a mais se transforma em crédito e pode ser usado para o abatimento de uma ou mais contas de luz do mesmo titular. Além disso, a proposta oferece benefícios para incentivar a produção própria de energia elétrica, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica. Em contrapartida, esses incentivos oferecidos a quem produz energia própria são cobrados de todos os consumidores, inclusive dos usuários ‘comuns’ que recebem a energia somente da distribuidora.

Com a revisão da norma, a intenção da agência reguladora é reduzir gradualmente esses subsídios. A proposta da agência prevê um período de transição para as alterações nas regras. Quem já possui o sistema de geração vai permanecer com as regras atuais em vigor até o ano de 2030. Já os consumidores que realizarem o pedido da instalação de geração distribuída após a publicação da norma, prevista para 2020, passam a pagar o custo da rede.

Em 2030, ou quando atingido uma quantidade de geração distribuída pré-determinada em cada distribuidora, esses consumidores passam a pagar além dos custos de rede, os encargos setoriais (que geram receita para subsidiar a tarifa social, por exemplo).

No caso da geração remota, quando o consumidor instala seu sistema gerador em local diferente do local de consumo, desde que ambos estejam em sua titularidade e dentro da área de concessão da mesma distribuidora, a proposta prevê dois cenários. Segundo a agência, quem já possui a geração distribuída continua com as regras atualmente vigentes até o final de 2030. Já os novos pedidos de acesso após a publicação da norma passam a pagar custos de rede e encargos.

Projeto de lei quer reverter situação

O deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) já confirmou ao Canal Rural que trabalha em um projeto de lei que altera as regras da Aneel sobre geração de micro e mini energia, como a solar. De acordo com o parlamentar, o texto será apresentado ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nesta semana e na Casa na volta do recesso.

“O Rodrigo (Maia) já manifestou que logo no início dos trabalhos legislativos, em fevereiro, dará prioridade para esse assunto. O projeto ainda não foi apresentado, mas conversando com Maia, ele disse para analisarmos a melhor estratégia regimental”, disse.

O projeto de Andrada diz que aqueles que já instalaram ou, pelo menos, iniciaram o investimento em painéis fotovoltaicos, terão o incentivo mantido. No entanto, quem ainda pretende fazer o investimento, continuará com as regras atuais até 31 de dezembro de 2021. “É como se a gente tivesse prorrogando a resolução da Aneel. Depois dessa data, vamos criar três categorias que terão tratamento diferente”, explica.

Sair da versão mobile