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Emater assina convênio para criação de 135 unidades de produção agroecológica no RS

Projeto vai implementar espaços de produção agropecuária em pequenas propriedades rurais gaúchas para garantir alimentação das famílias mais pobresA Emater/RS-Ascar assinou na segunda, dia 17, um termo de cooperação para a implantação de unidades de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), e as fundações Banco do Brasil (FBB) e de Educação para o Associativismo (FEA). Pelo acordo, serão criadas 135 unidades em propriedade rurais localizadas nas regiões mais pobres do Estado.

O valor total do projeto é de R$ 1,25 milhão, com apoio financeiro da FBB. A Emater/RS-Ascar prestará assistência técnica na implantação do programa e a SDR definirá os locais e as famílias beneficiadas, além da coordenação do Pais. À FEA caberá o repasse da tecnologia do programa, por meio de capacitação de técnicos e produtores.

Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, essa parceria permite o desenvolvimento de uma tecnologia social que faz a inclusão social das famílias para que, assim, possam efetivamente produzir e colocar o seu produto no mercado, seja no tradicional ou nas políticas de comercialização.

O projeto de produção desenvolve uma proposta tecnológica baseada nos princípios da agroecologia e trabalha os aspectos da organização, da comercialização da produção de alimentos, em um primeiro momento para subsistência, e, em uma segunda etapa, para a comercialização, integrando as diferentes políticas públicas existentes.
– É uma experiência tecnológica, mas também metodologicamente inovadora para trabalhar os princípios agroecológicos de produção, especialmente de hortigranjeiros. Ele é integrado do ponto de vista do sistema de produção – avaliou o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus.

Sistema Pais
O sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) é uma tecnologia idealizada, em 1999, pelo engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye, e adotada por aproximadamente sete mil famílias de pequenos agricultores de 19 Estados brasileiros. O projeto tem como objetivo principal a segurança alimentar, buscando o desenvolvimento sustentável.

Em uma pequena área, o agricultor pode diversificar a produção integrando horta, pomar e avicultura, tendo como resultado a sustentabilidade econômica e ecológica da propriedade. No sistema, são adotadas técnicas específicas de otimização de recursos naturais e socioeconômicos, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais. O sistema proporciona à família condições de produzir seu sustento e independência de insumos externos à propriedade.
 

 

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