O objetivo das discussões é conquistar o reconhecimento e fortalecer a auto-estima da mulher do campo. As conquistas como Pronaf Mulher e os direitos na previdência social tiveram destaque nas palestras. A assistente social, Rosangela Caldas, afirma que a mulher precisa se enxergar como profissional no mercado.
? Além do trabalho na roça elas fazem o trabalho de casa e muitas delas não conseguem enxergar que são agricultoras. A preocupação da gente é que elas participem mais nas decisões da propriedade ? informa.
A agricultora Celina Gomes conta que durante muito tempo foi considerada apenas dona de casa, mas atualmente conquistou seu espaço como empresária rural. Procurou a prefeitura da cidade de Miraselva, a 55km de Londrina, e conseguiu que as geléias produzidas na sua fazenda fizessem parte da merenda escola do município.
? Atualmente há programas do governo para compra da merenda escolar de agricultores familiares. Estes planos ajudam muito. A mulher agricultora tem que acordar. Muita agricultora pensa em sair da roça para ir para cidade. Para mim na roça só há incentivo, É apenas ter vontade de trabalhar que a terra te dá condições de viver bem ? diz.
O Sistema Brasileiro de Inspeção Integrada (Sisbi) também foi assunto discutido na ExpoLondrina. O Paraná é o único Estado que já assinou o protocolo.
? Antes do Sisbi nós tínhamos três níveis de inspeção: inspeção federal, inspeção estadual e inspeção municipal. De alguma forma nós precisávamos ter uma ferramenta única que pudesse que o pequeno produtor comercializasse seus produtos a nível de Brasil. Nesta ferramenta nós harmonizamos. Abre o mercado para o produtor, pois ele vai ter controle dos produtos, fazendo com que o produto credibilidade e qualidade ? explica o veterinário do Serviço de Inspeção do Paraná, Abdel Naser.