Em fevereiro de 2012, o solo do terreno começará a ser corrigido, com o recebimento de calcário.
? Vamos fazer o teste do comércio ano que vem. Os bons preços pagos ao produtor pela crucífera, em entrepostos como a Ceasa Campinas e a Ceagesp, em São Paulo, fortalecem a expectativa de que esta pode ser mais uma opção de atividade para a agricultura familiar do município, na safra de inverno ? defende o extensionista e engenheiro agrônomo Hélio João de Farias Neto.
Segundo Farias Neto, no primeiro experimento realizado pela empresa, no último inverno, foram plantados mil pés de couve-de-bruxelas, que renderam, após 130 dias, cerca de 30 unidades por planta ou 600 gramas de “repolhinhos” cada. Mesmo com poucos dados estatísticos oficiais sobre a produtividade da hortícola, uma vez que ela ainda é produzida em pequena escala no país, e a literatura sobre o assunto é muito reduzida, o agrônomo considerou o resultado da experiência positivo.
? O objetivo foi avaliar o desenvolvimento e adaptação da cultivar ao clima e ao solo do município e isso alcançamos. Mesmo após três fortes geadas, as plantas não perderam o vigor e se desenvolveram bem ? afirmou.
Ainda de acordo o agrônomo da Emater-MG, um outro teste, em andamento na região, está avaliando o cultivo da couve-de-bruxelas, agora, no período das águas. A meta é observar se também nesta estação a crucífera produzirá como no inverno passado. Na primeira experiência, desenvolvida de junho até o meio de outubro, quando as verduras foram colhidas, o escritório da Emater-MG pôde constatar que os repolhinhos atingiram a média de 20 gramas cada um e dois centímetros de diâmetro, “medidas consideradas ideais para a comercialização”, segundo o agrônomo, que pesquisou o assunto. De acordo com o extensionista, o estudo foi feito com sementes italianas.
Repolhos em miniatura
Do mesmo gênero da couve e parecida com pequenos repolhos, a couve-de-bruxelas (Brassica olerace, grupo Gemmifera) é também chamada de repolhinho. O apelido tem relação não apenas com o aspecto físico, mas também com o sabor semelhante ao do repolho comum, embora seja mais suave. Uma característica da verdura é que ela cresce ao longo do talo, que fica totalmente coberto pelos repolhinhos.
Na cozinha, a couve-de-bruxelas pode ser usada de várias maneiras, sendo recomendada principalmente para o acompanhamento de carnes. Também pode ser utilizada no preparo de sopas, ensopados, cozidos e saladas.
Rica em sais minerais, como fósforo e ferro, a couve-de-bruxelas contém vitaminas A e C. Por ter baixas calorias, a verdura pode ser adotada em dietas de emagrecimento.