? A abertura de mercados que estão fechados por questões sanitárias exige muita diplomacia e insistência. Essa é a grande vantagem de ter um adido agrícola. Ele estará lá (no exterior) o tempo todo para cuidar dessa agenda ? afirma o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Celio Porto.
? O diálogo direto com as autoridades locais, até para esclarecer questionamentos de rotina, é muito importante ? acrescenta.
Os adidos reuniram-se nessa terça, dia 23, com representantes dos exportadores de carne bovina, suína e de frango, de açúcar e álcool e de soja, para conhecer as prioridades de cada setor. Ainda esta semana, eles ouvirão os pleitos dos produtores de laranja, café e frutas. Na quinta, dia 25, visitam o porto de Santos para conhecer a realidade dos embarques dos produtos brasileiros. E, assim que for publicada a nomeação dos adidos no Diário Oficial da União, embarcam para uma temporada de quatro anos nos Estados Unidos, Japão, União Europeia (Bélgica), Rússia, Suíça (OMC), Argentina, China e África do Sul.
Segundo Porto, a principal recomendação dos exportadores de carne bovina, com quem os adidos se reuniram na manhã de terça, é para que trabalhem pela abertura de mercados relevantes e que hoje estão fechados ao país. O principal deles é o Japão, que importou o equivalente a US$ 6 bilhões em carne bovina e suína em 2008 – mas nada procedente do Brasil, por conta de restrições sanitárias.
Os Estados Unidos, que compraram US$ 3,5 bilhões em carnes do exterior no mesmo ano, apresentam o mesmo argumento para não importar produtos brasileiros.
? México, Coreia do Sul e Canadá também são mercados acima de US$ 1 bilhão fechados em razão da ocorrência de febre aftosa no país em 2005 ? afirmou Porto.