O embaixador participou nesta quinta, dia 17, da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) sobre a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, marcada para 2012, no Brasil.
O evento será realizado 20 anos depois da Conferência Rio 92, sobre o clima, que, de acordo com Figueiredo “trouxe muito aprendizado”. O embaixador diz que “o olhar inovador que se espera do país” só pode ser construído em um contexto de mobilização da sociedade nessa direção. Ele destacou que o encontro não terá especificamente caráter ambiental, mas pretende analisar o desenvolvimento sustentável.
Para o cientista político Murillo de Aragão, membro do CDES, é um desafio conciliar a questão econômica, com a social e a ambiental.
? Não há um pensamento denso na sociedade, uma mentalidade educacional voltada o meio ambiente ? disse.
Segundo ele, 80% do alumínio usado no Brasil para fabricar latas de bebidas são reciclados e isso não ocorre para preservar o meio ambiente, mas porque a coleta desse material tem fins econômicos. Enquanto isso, garrafas PET são jogadas na rua sem preocupação com as consequências, ressaltou.
Na avaliação de Alberto Broch, representante dos trabalhadores no conselho, o país não quer uma economia “verde com exploração e trabalho escravo”.
? Não haverá sucesso no debate continental sobre meio ambiente enquanto existir a miséria. É preciso discutir o padrão tecnológico que se usa para a produção de alimentos, para saber se é sustentável e qual o modelo de produção que devemos utilizar para que a atividade seja sustentável ? defendeu Broch.