Em Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) afirmou que o embarque está ajustado à capacidade, mas recentemente o diretor de desenvolvimento comercial da empresa, Carlos Kopittke, afirmou que, após várias reuniões, ficou detectado que alguns terminais estavam operando abaixo da capacidade por causa da dificuldade dos caminhões de chegar até o local de desembarque.
Nas últimas semanas, a Rodovia Cônego Rangoni, que dá acesso aos principais terminais de grãos do porto, tem ficado constantemente congestionada, com filas quilométricas. Enquanto os motoristas ficam horas estacionados na rodovia sem conseguir chegar ao terminal, os navios não podem atracar por falta de mercadoria.
Em Paranaguá, até a quarta, dia 20, havia 73 navios esperando para carregar grãos, segundo informou o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Apenas quatro, no entanto, tinham carga completa para fazer o embarque. Outros 18 estavam com carga parcial e 53 ainda não tinham carga, ou porque o produto ainda não havia chegado ao porto ou porque a carga ainda não havia sido negociada.
O executivo explica que o volume embarcado foi prejudicado pelo aumento das chuvas no período. De janeiro até meados desta semana, foram 27 dias de paralisação por causa das condições climáticas.
– Além da chuva que tem nos prejudicado, ainda temos a complicação de estar trabalhando simultaneamente com dois produtos: milho e soja. Só no primeiro bimestre, o volume de milho embarcado foi 288% maior que o verificado em igual período de 2012. Em Santos, a situação é semelhante. As exportações de milho cresceram 663% – diz Dividino.
A dificuldade para o escoamento de grãos nos portos este ano já provocou o cancelamento do embarque de 33 navios de soja comprada por empresas chinesas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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