Os embarques de milho ao exterior recuaram 79,8% no mês de novembro em relação a igual mês de 2015. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 1º de dezembro, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), foram exportadas 961,4 mil toneladas no mês passado, ante 4,757 milhões de toneladas em novembro de 2015.
Na comparação com outubro, quando foi embarcado 1,101 milhão de toneladas, as exportações diminuíram 12,8%. A receita cambial em novembro totalizou US$ 156,4 milhões, queda de 80,4% na comparação anual e de 17,9% em relação a outubro deste ano.
Com o resultado, as vendas externas do cereal no acumulado de 2016 também ficaram inferiores às de igual período do ano passado. De janeiro a novembro foram exportados 20,857 milhões de toneladas de milho, 7,8% menos que os 22,6 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e novembro de 2015. Em outubro, as exportações acumuladas nos primeiros dez meses de 2016 ainda superavam em 11,3% as de igual intervalo do ano passado.
O preço médio do milho embarcado ao exterior, considerando-se 20 dias úteis de novembro, foi de US$ 162,60 por tonelada, 3,2% inferior aos US$ 168 apurados em igual mês de 2015 e 5,9% abaixo dos US$ 172,90 verificados em outubro. O recorde no ano continua sendo o preço médio apurado em junho, US$ 228,20 por tonelada.
Soja
As exportações brasileiras do complexo soja em novembro deste ano somaram 1,24 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 474,6 milhões. Em relação a igual mês do ano anterior, a queda foi de 53,7% em quantidade e 55% em receita. Na comparação com outubro, as vendas externas caíram 28,4% em volume e 32,1% em receita.
De janeiro a novembro, as exportações do complexo somaram 65,444 milhões de toneladas, queda de 4,8% na comparação com os 68,765 milhões de toneladas de um ano antes. A receita acumulada até agora em 2016, de US$ 24,629 bilhões, fica 9,1% abaixo do total de US$ 27,084 bilhões verificado nos dez primeiros meses do ano passado. Leia mais informações sobre as exportações do complexo soja no site do Projeto Soja Brasil.
Carnes
Com 75,8 mil toneladas exportadas em novembro deste ano, o total de carne bovina in natura embarcada ao exterior pelo Brasil foi o menor desde janeiro de 2015 (74.032 toneladas). Apesar disso, o preço médio, de US$ 4.432,80 por tonelada, subiu pelo terceiro mês consecutivo, segundo o MDIC.
Em relação à proteína de frango, o faturamento e a quantidade recuaram ante o registrado em igual mês do ano passado, mas avançaram em relação a outubro de 2016. Já a carne suína teve melhor desempenho tanto em faturamento quanto em volume nas comparações mensal e anual.
A expressiva queda nos embarques da proteína bovina pode ser atribuída ao fato de que importantes compradores, como Egito, reduziram drasticamente suas compras desde outubro, por problemas econômicos internos. Além disso, Rússia compra menos também porque nesta época do ano a água dos portos se congela, prejudicando os trabalhos logísticos.
Assim, em carne bovina in natura foram exportadas 75,8 mil toneladas, 24,1% menos do que as 99,8 mil toneladas de novembro do ano passado e 9,1% abaixo das 83,4 mil toneladas embarcadas em outubro último. A receita somou US$ 336,1 milhões, 23% menos do que os US$ 436,3 milhões obtidos em novembro de 2015 e queda de 6% ante os US$ 357,7 milhões de outubro. O preço médio pago pela tonelada, no entanto, subiu 3,4% ante outubro passado, de US$ 4.287,40/t, para US$ 4.432,80, e ficou 1,4% acima em relação à média de US$ 4.370,49/t de novembro de 2015.
Os embarques de carne de frango in natura, por sua vez, somaram 292,7 mil toneladas, 14,8% menos ante novembro de 2015, quando foram embarcadas 343,6 mil toneladas. Na comparação com outubro, no entanto, quando foram exportadas 276,3 mil toneladas, a alta foi de 5,9%. O faturamento atingiu US$ 452,9 milhões, 11,8% abaixo dos US$ 513,657 milhões registrados em igual período de 2015 e 5,8% superior à receita de US$ 428,2 milhões de outubro. O preço médio da tonelada embarcada, de US$ 1.547,40, ficou praticamente estável ante o registrado no mês passado (US$ 1.549,50) e 3,5% maior em comparação com igual mês de 2015.
Já as vendas externas de carne suína in natura totalizaram 58,3 mil toneladas, 5,5% mais que as 55,3 mil toneladas embarcadas em novembro de 2015 e 9,4% acima das 53,3 mil toneladas de outubro/2016. A receita somou US$ 152,9 milhões, alta de 25,4% ante os US$ 122 milhões registrados em igual mês do ano passado e de 14,9% ante os US$ 133,1 milhões de outubro. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 2.620,7, alta de 4,9% ante US$ 2.498,40/t em outubro e de 18,7% ante os US$ 2.207,4/t em novembro de 2015.
De janeiro a novembro de 2016, as vendas de carne bovina totalizaram 990,3 mil toneladas, ante 976,2 mil toneladas em igual período do ano passado (+1,4%). Já o faturamento ficou em US$ 3,984 bilhões este ano, 5,8% menor que os US$ 4,231 bilhões obtidos entre janeiro e novembro de 2015.
No que tange às vendas externas de carne de frango in natura, houve alta de 3% no volume acumulado até novembro, no comparativo anual, para 3,633 milhões toneladas, ante 3,526 milhões toneladas. Em faturamento, a queda foi de 4,4%, de US$ 5,703 bilhões para US$ 5,45 bilhões.
Também no acumulado do ano, o faturamento com as exportações de carne suína in natura avançou 14,1%, atingindo US$ 1,251 bilhão ante US$ 1,096 bilhão em 2015. Em quantidade, o avanço foi de 34,6%, passando de 435,1 mil toneladas para 585,58 mil toneladas.
Suco de laranja
A receita total com exportação de suco de laranja do Brasil caiu 18,72% em novembro na comparação com igual mês de 2015, de US$ 193,4 milhões para US$ 157,2 milhões. Em relação a outubro de 2016, houve uma alta de 37,9% sobre os US$ 114 milhões registrados naquele mês.
O volume de suco de laranja exportado no mês passado foi de 184,7 mil toneladas, 26,16% maior do que as 146,4 mil toneladas embarcadas em outubro e 4,5% inferior ao total de 193,4 mil toneladas de novembro de 2015.
Com o resultado de novembro, as vendas acumuladas de suco nos primeiros onze meses de 2016 alcançaram 2,113 milhão de toneladas, 14,15% a mais que o total de 1,851 milhão de toneladas em igual período de 2015. A receita acumulada soma US$ 1,737 bilhão, 3,9% abaixo do US$ 1,807 bilhão registrado de janeiro a novembro do ano passado.
O MDIC iniciou neste mês, no balanço de exportações referente a novembro, a divulgação em separado das vendas do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do não congelado (NFC). A medida atende a uma demanda antiga do setor citrícola, já que os dois tipos de suco têm volumes, pesos e preços distintos.
No mês passado, as vendas do FCOJ tiveram uma receita de US$ 88,5 milhões, altas de 63,3% sobre os US$ 54,2 milhões de outubro e de 25,7% sobre o total de US$ 70,4 milhões de novembro de 2015. O volume de suco concentrado ficou em 50,1 mil toneladas em novembro, 95% superior às 29,4 mil t de outubro e 8,9% maior que as 46 mil t de igual período do ano passado.
O faturamento com as vendas de NFC foi de US$ 68,7 milhões em novembro, alta de 14,9% sobre os US$ 59,8 milhões de outubro e queda de 44,1% ante os US$ 123 milhões de novembro de 2015. Já o volume exportado de suco fresco somou 134,6 mil toneladas, alta de 15% sobre as 117 mil t de outubro e queda de 18,9% ante o total de 165,9 mil t de novembro de 2015.
Café
A exportação brasileira de café em grão no mês de novembro (20 dias úteis) alcançou 2.999,5 mil sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 3,74% em relação a igual mês do ano passado (3.116,1 mil sacas). Em termos de receita cambial, houve aumento de 16,2% no período, para US$ 535,9 milhões em comparação com US$ 461,3 milhões registrados em novembro de 2015.
Quando comparada com outubro passado, a exportação de café em novembro apresenta elevação de 0,8% em termos de volume – em outubro os embarques somaram 2.974,8 mil sacas. A receita cambial foi 4,55% maior, considerando faturamento de US$ 512,6 milhões em outubro passado.
Nos 11 primeiros meses deste ano, o volume de café exportado pelo Brasil caiu 9,71% em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 27.485,2 mil de sacas de janeiro a novembro deste ano, ante 30.440,5 mil de sacas no mesmo período de 2015.
A receita cambial apresentou queda de 15,58%. O país faturou US$ 4.310,3 milhões, em comparação com US$ 5.106 milhões nos primeiros 11 meses de 2015.