Embrapa Agroenergia investe em pesquisas de plantas com potencial para alto rendimento de óleo

Uma das plantas é a palma-de-óleo (dendê), que, mesmo sendo cultivada há décadas no Brasil, ainda tem uma produção muito baixaA diversificação de biomassa foi apontada como elemento chave para garantir o futuro do programa brasileiro de biodiesel. Dados apresentados pelo setor mostram que, em 2011, o setor de transportes foi responsável por quase um terço do consumo de energia no Brasil. Para permitir a diversificação de matérias-primas, a Embrapa Agroenergia está investindo em pesquisas com plantas com potencial de alto rendimento de óleo.

Uma delas é a palma-de-óleo (dendê).Embora seja cultivada há décadas no Brasil, a produção ainda é muito baixa. Atualmente o país importa 60% do óleo de dendê que consome, embora disponha de uma grande área apta para o cultivo.

Atualmente, cerca de 80% do biodiesel brasileiro é produzido a partir de óleo de soja. Considerando o incremento de produção esperado para essa oleaginosa, é possível que ela consiga atender às indústrias até 2020, se continuar em vigor o B5. Estudos da Embrapa apontam que existem mais 7 milhões de hectares de terras brasileiras em que a palma-de-óleo poderia ser cultivada sem necessidade de irrigação tampouco comprometendo regiões de proteção ambiental.

Há terras e tecnologia disponíveis para produzir dendê. O que falta são sementes e estudos de genética. O Brasil importou 15 milhões de sementes nos últimos dois anos. As pesquisas também estão concentradas no aproveitamento dos seis resíduos já identificados da produção de dendê.

Outras culturas com potencial de utilização na produção de biodiesel que estão sendo estudadas pela Embrapa Agroenergia são o pinhão-manso e palmeiras nativas do Brasil como a macaúba. Essas ainda não dispõem de pacotes tecnológicos com o dendê, estão em processo de domesticação.