? Escolhemos entre as linhagens que tinham fonte de resistência à ferrugem duas novas cultivares. Uma convencional, cujo nome será BRS MG 771 F e outra chamada BRS MG 780 F RR. Se conseguirmos alavancar com maior velocidade o processo de multiplicação dessas sementes na safra 2012/2013, poderemos ter alguma disponibilidade para os produtores que quiserem experimentar ? explica.
Fronza afirma que, apesar de resistentes, as cultivares não são imunes ao fungo. Entretanto, garante que o produtor não deve ter prejuízo por causa da ferrugem.
? Com uma cultivar comum, caso o produtor faça tudo errado ou tenha problemas e não faça aplicação de fungicida conforme o indicado, ele produzirá entre 10 e 20 sacas por hectare, dependendo da intensidade da ferrugem. Já nas novas, com resistência ao fungo, ele terá um rendimento de, pelo menos, 50 sacos por hectare. Ou seja, se tudo der errado, haverá a segurança de que a produção estará garantida até um certo teto. Não vai expressar o máximo do potencial produtivo, mas vai produzir ? aponta.
A ferrugem da soja entrou do Brasil na safra 2000/2001. O fungo deixou um rastro de prejuízos em todo o país. De acordo com o pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) Neylson Arantes, desde então, houve alto custo no combate químico e a situação se tornou um tormento para os produtores.
? Muitos produtores chegaram ir à falência por causa de ferrugem. Até hoje eu ouço de agricultores dizendo ter quebrado. A partir de então, foram identificados alguns fungicidas. Alguns com mais, outros com menos eficiência, mas o leque de produtos no início era muito pequeno ? diz.