? Já conseguimos mostrar, com estudos ecológicos e genéticos, que essas espécies têm comportamentos diferentes e que precisam de estratégias mais específicas de manejo de acordo com as suas características ? explicou Vânia Azevedo, pesquisadora do Cenargem.
A lei estabelece prazo de 30 anos para que árvores de todas as espécies sejam cortadas novamente dentro do processo de manejo sustentável. Mas, com o auxilio de um programa de computador, a pesquisadora ? encarregada de estudar a Maçaramduba ? concluiu que essa recuperação demora, pelo menos, 140 anos.
A análise mostrou também que o fluxo de pólen na floresta é restrito, o que significa que, com o corte da floresta, se uma árvore ficar longe da outra pode não haver regeneração. Agora, com essas informações, a Embrapa pretende formar uma parceria com o Serviço Florestal Brasileiro. A intenção, segundo Vânia, é fornecer subsídios para que sejam revistas regras de manejo e recuperação de florestas.
? Hoje a Embrapa visa a um novo projeto de manejo florestal, que possa ter uma discussão mais intensa com o próprio serviço florestal, definidor dessas políticas públicas ? concluiu a pesquisadora.