Apenas duas folhas desta alface geneticamente modificada possuem a quantidade suficiente de ácido fólico recomendado diariamente para um adulto. Fazendo um comparativo, seriam necessários pelo menos cinco pés de alface tradicional para garantir a mesma quantidade nutricional.
– Outras folhas verdes escuras perdem uma boa parte de ácido fólico no processamento. No caso da alface, isso não acontece. Ao contrário, até já vimos que as folhas, mesmo depois de colhidas e expostas à luz fluorescente, podem até aumentar o teor de ácido fólico ainda no supermercado – afirma o pesquisador Embrapa Francisco Aragão.
Vai demorar um pouco para que o produto chegue à mesa do consumidor: a estimativa é de cinco anos. E sem alteração de preço. Até lá, é preciso mudar o hábito alimentar.
– Não quer dizer que eu não possa comer arroz, feijão e farinha. Mas arroz, feijão e eu troco a farinha de vez em quando por brócolis, a farinha de vez em quando por alface ou outra folha todo o santo dia. Este é o verdadeiro impacto. É a diminuição do gasto da população por um hábito que não vai custar tão caro ao longo de um bom tempo – recomenda a ginecologista e obstetra Rosane Gonçalves.