Somente a partir de maio de 2012, após avaliações quanto às características de tolerância à seca, as plantas selecionadas serão avaliadas em campo, mediante aprovação junto ao Comitê Técnico Nacional de Biossegurança (CTNBio). No campo, as variedades precisam ser testadas ao menos por cinco anos, período mínimo para que um canavial comercial seja renovado. Nesse período, os pesquisadores precisam avaliar se os efeitos da transgenia resistem na planta e se ela mantém produtividade compatível com as outras variedades do mercado.
Segundo a Embrapa, as perdas nos canaviais podem variar entre 10% e 50% em decorrência da seca, dependendo da região e da época de plantio. Além dessa pesquisa, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), mantido pelo setor privado, também desenvolve variedades transgênicas tolerantes à seca.
A pesquisa com transgenia em cana da Embrapa é desenvolvida sob a coordenação do pesquisador Hugo Bruno Correa Molinari, da Embrapa Agroenergia, em Brasília (DF). O trabalho conta com o apoio de laboratórios da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e da Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences (Jircas), empresa de pesquisa vinculada ao governo japonês.