Um gene do milho, rico em aminoácidos essenciais, foi parar no feijão de corda. Com esta ajuda dos pesquisadores, a leguminosa, agora, vai produzir grãos com alto valor nutricional. Da proteína do ovo, os cientistas isolaram uma característica genética que deu a outra planta resistência à praga do caruncho. E um gene foi aplicado na leguminosa para protegê-la do vírus do mosaico.
As novidades não param por aí. Com a técnica do bombardeamento de partículas, que injeta na planta um gene a 1,5 mil km/h, os pesquisadores brasileiros conseguiram uma freqüência 10 vezes maior de sucesso para obter a variedade transgênica. As sementes transgênicas devem representar redução no uso de defensivos e garantir um alimento mais nutritivo.
As características genéticas podem ser adicionadas em praticamente todas as variedades de feijão de corda. Os pesquisadores estão multiplicando as espécies em estufas. Até o fim do ano, será feito o pedido à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança para que os experimentos sejam feitos em campo. A previsão é de que a liberação comercial aconteça em cinco anos.