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Embrapa e Fepagro ampliam pesquisas em melhoramento genético no Rio Grande do Sul

Depois de apresentar os primeiros resultados das pesquisas com trigo, cooperação iniciará estudos com soja no EstadoO contrato de parceria assinado no ano passado entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Trigo e a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) apresentou os primeiros resultados nas pesquisas com o cereal e está sendo ampliado para pesquisas com soja no Rio Grande do Sul. 

Na história da pesquisa brasileira as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (OEPAS) sempre tiveram importante atuação na adequação dos conhecimentos gerados nos grandes centros às demandas regionais do meio rural. No Rio Grande do Sul, diversos projetos de pesquisas contam com a parceria da Embrapa e da Fepagro, contudo, segundo o Chefe Geral da Embrapa Trigo, Sergio Roberto Dotto, a cooperação sempre ocorreu de forma pontual, para atender demandas de projetos em andamento que tinham data definida para acabar.

– A formalização da parceria estabelece bases mais sólidas para as pesquisas de longo prazo, como o melhoramento genético, que une equipes de ambas instituições no desenvolvimento de novas cultivares para atender as diferentes regiões produtoras de grãos no Estado – esclarece Dotto.

O programa de melhoramento de trigo da Fepagro é o mais antigo do país, com ações que iniciaram em 1925, no local onde hoje funciona a unidade de Veranópolis (RS), com o primeiro cruzamento de linhagens em 1925, que acabou dando origem mais tarde a cultivar Frontana, considerada a base genética de quase todas as variedades de trigo cultivadas atualmente.

Através da parceria com a Embrapa Trigo, neste ano, por meio do programa de melhoramento de trigo, estão em campo 120 cruzamentos para trigo pão e outros 30 cruzamentos para trigo de duplo propósito (pastejo e grãos). Os resultados alcançados pelo programa preveem cotitularidade no lançamento de cultivares.

– O interesse da Embrapa Trigo é intensificar o melhoramento de trigo na região mais quente do Estado, como o Noroeste, onde a empresa não contava com estrutura de pesquisa – pontua o pesquisador Eduardo Caierão.

Outras ações desenvolvidas em conjunto estão voltadas a pesquisas de viabilidade econômica na sucessão de trigo e soja frente a recentes mudanças no sistema de produção das duas culturas, melhoramento de triticale e aveia, aperfeiçoamento do zoneamento agrícola de trigo e soja, ajuste regionalizado no manejo de novas cultivares de trigo e transferência de tecnologia.

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