? Apesar da inoculação prévia das sementes facilitarem a operação de cultivo, temos observado problemas sérios de eficiência da tecnologia relacionados à pré-inoculação ? alerta a pesquisadora Mariangela Hungria.
Esta afirmação, de que a sobrevivência das bactérias não foi aceitável em períodos superiores a 10 dias, foi comprovada a partir da análise de alguns produtos comerciais na safra 2010/2011.
? A situação fica ainda mais séria no caso de sementes tratadas com agrotóxicos e micronutrientes, com drástica redução no número de células de Bradyrhizobium. Nestas situações os benefícios da fixação biológica do nitrogênio podem ser perdidos ? ressalta Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os inoculantes para a soja devem possibilitar, no mínimo, 600 mil células por semente e, no caso de aplicação no sulco, seis vezes essa concentração. No entanto, ensaios conduzidos na Embrapa Soja evidenciam a diminuição drástica de células viáveis nas sementes como resultado da pré-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos aplicados nas sementes, como resultado de pre-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos nas sementes.
? Conduzimos ensaios de laboratório na Embrapa Soja, seguindo os protocolos oficiais do Ministério da Agricultura, cujos resultados evidenciam a diminuição de células viáveis ? afirma Mariangela.