? É uma nova opção para os produtores irrigantes de São Paulo, uma vez que existia apenas uma cultivar da Embrapa, recomendada para São Paulo, a BRS 195 ? comenta Amabile.
Os pesquisadores da Embrapa destacam que a cevada cervejeira possui diversas vantagens econômicas para o produtor. Para Amabile, a cultivar contribui com “economia de energia elétrica; menor custo de produção e maior produção de palhada que outras gramíneas inseridas no sistema”. O menor uso de defensivos e a eficiência no uso de água também garantem vantagem ambiental à cevada.
A BRS Sampa é uma cultivar de duas fileiras de grãos, com hábito vegetativo intermediário a semi-prostrado. O seu ciclo é considerado de precoce a médio.
? Foi de 67 dias da emergência ao espigamento (50% das espigas com a primeira espigueta visível) em Manduri-SP ? enfatiza Amabile.
A altura média da planta é de 77 cm. A nova cultivar de cevada, registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no dia 20 de outubro, apresenta moderada resistência à mancha reticular e suscetibilidade à mancha marrom giberela e ao oídio. É indicada para regiões irrigadas situadas em altitudes superiores a 500 metros.
Os pesquisadores destacam que a BRS Sampa rendeu, em média nas áreas de pesquisa, 200 kg/ha de grãos, o que representa 5% a mais do que a BRS 195.
? A BRS Sampa superou a BRS 195 também na classificação comercial com 9% a mais de grãos classe 1 ? atesta Amabile.
Nos testes de qualidade de malte, realizado pela Malteria do Vale, a BRS Sampa superou a BRS 195 nos principais parâmetros de qualidade avaliados, podendo ser assim classificada como cultivar cervejeira.