Podem participar do processo pessoas jurídicas e físicas inscritas no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), como produtores de mudas com habilitação para cafeeiro. Os documentos de habilitação e classificação deverão ser entregues à Embrapa diretamente ou via correio no seguinte endereço: Embrapa Produtos e Mercado, localizada no Parque Estação Biológica – PQEB, s/n, Edifício Sede, Térreo – Sala de Reuniões, CEP 70770-901, Asa Norte, Brasília (DF). A data limite para a chegada da documentação na Embrapa é até as 14 horas do dia 21 de janeiro.
– Esta etapa de seleção dos viveiristas está viabilizando a chegada desta inovação tecnológica para a cafeicultura rondoniense, pois com a multiplicação das mudas da BRS Ouro Preto elas poderão chegar aos produtores – explica o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Rondônia, Samuel Magalhães.
A cultivar de café Conilon BRS Ouro Preto (Coffea canephora Pierre ex Froehner) é a primeira desenvolvida pela Embrapa, sendo resultado de estudo conduzido pela Embrapa Rondônia em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. Ela é recomendada especialmente para Rondônia, segundo produtor de café conilon do Brasil, e foi obtida pela seleção de cafeeiros com características adequadas às lavouras comerciais do estado e adaptada ao clima e ao solo da região. Sua denominação é uma homenagem ao município de Ouro Preto do Oeste, centro pioneiro da colonização oficial do antigo território de Rondônia.
A Conilon BRS Ouro Preto tem potencial para aumentar a produtividade da cafeicultura em Rondônia, contribuindo para a sustentabilidade econômica e social de mais de 40 mil pequenas propriedades de cafeicultura no estado. A produtividade média do café em Rondônia é de 11 sacas por hectare, já a da Conilon BRS Ouro Preto é de 70 sacas por hectare.
Essa variedade também poderá ter sua recomendação estendida para outras regiões da Amazônia, o que é importante para o aumento da renda da agricultura familiar e da fixação do homem no campo no norte brasileiro. O sistema de produção preconizado para o cultivo desta variedade é compatível com as práticas ambientais agronomicamente recomendadas, colocando essa tecnologia como promotora da preservação ambiental. Além disso, o aumento da produtividade decorrente da adoção dessa variedade permite produzir mais em menor área, diminuindo a pressão sobre a floresta.