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Agricultura

Embrapa firma parceria e vai mapear produção na Amazônia

Será possível verificar a presença de sistemas agroflorestais e de cultivo de cacau, dendê, açaí e citros em diferentes regiões do Pará

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmou uma parceria com o programa Servir-Amazônia para mapear sistemas agroflorestais e da agricultura perene no estado do Pará. O programa reúne tecnologia geoespacial de ponta que será aplicada na região para apoiar a tomada de decisão por parte de prefeituras, instituições e comunidades locais.

Sistema agroflorestal -Ronaldo Rosa
Foto: Ronaldo Rosa /Embrapa Divulgação

O objetivo é criar mapas-pilotos e estabelecer padrões de cobertura da terra para identificar a presença de sistemas agroflorestais e do cultivo de cacau, dendê, açaí e citros em diferentes regiões do Pará. O trabalho de mapeamento vai utilizar imagens públicas de satélites da Nasa e de agências espaciais europeias e japonesa.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri, o propósito do trabalho é preencher lacunas de informação e aprimorar os sistemas de monitoramento da cobertura e uso da terra na Amazônia em andamento.

“Temos dificuldade em mapear o cacau, que muitas vezes se confunde com uma capoeira (vegetação secundária)”, exemplifica. Além disso, esse cultivo é feito geralmente em baixo de fragmentos florestais ou dentro de sistemas. “E os sensores ópticos em uso atualmente não detalham essa diferença. Então, praticamente tudo é feito no campo”, complementa.

Foto: Vinicius Braga/ Embrapa Divulgação

Venturieri ainda conta que o serviço utiliza a é combinação de imagens de sensores mais precisos a algumas validações de campo para desenvolver algoritmos de classificação da cobertura e dessa forma automatizar o mapeamento.

“O trabalho gera informações que contribuem diretamente para a elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento agrícola da região, como zoneamentos de risco climático, ecológico-econômico; ambiental e outros”, afirma.

O trabalho, incialmente previsto para dois anos, vai ser realizado em nove municípios paraenses, e deverá gerar produtos e serviços de forma permanente na região a partir do uso de imagens públicas e da capacitação de equipes locais.

 

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