Em áreas onde a infestação da helicoverpa foi muito grande, a recomendação da Embrapa é de que haja um vazio sanitário de pelo menos 60 dias. Já em locais onde a presença da lagarta não representou grandes prejuízos nas lavouras de algodão, milho e soja, a indicação é pelo uso de inseticida ou de bioinseticida.
A lagarta helicoverpa, em duas safras, já causou mais de RS 2 bilhões em prejuízos nas lavouras de algodão, milho e soja. 20 pesquisadores da Embrapa, com doutorado em combate a pragas, se reuniram para apresentar medidas emergenciais de controle dessa doença. A preocupação maior é quanto ao milho safrinha que começa a ser plantado já em maio.
– As áreas que tiveram um ataque em que a perda foi quase total da lavoura, por exemplo, necessariamente, não podem ter o milho safrinha, tem que ter um vazio sanitário temporário, ainda que com perdas financeiras simultâneas para garantir a sustentabilidade do sistema – diz Jefferson Costa, da diretoria de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa.
Já para áreas onde a incidência da lagarta foi menor, a recomendação é pelo uso de inseticida ou o bioinseticida.
– Áreas que não tiveram perdas totais e que não tiveram o milho safrinha, mas a praga está presente, provavelmente, vão ter indicações de pulverização até de inseticida pulverização de bioinseticidas – explica Costa.
O documento será encaminhado na semana que vem para o Ministério da Agricultura e também para as associações dos produtores rurais de soja, algodão e milho. Além da Bahia, Estado que decretou emergência fitossanitária por causa da helicoverpa, a lagarta também já foi encontrada em Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná.