? Acredito que consigamos obter um montante semelhante ao que será aplicado pela CNA ? disse à Agência Estado o presidente da estatal, Pedro Arraes.
A Confederação reservou R$ 20 milhões que serão distribuídos no projeto nos próximos nove anos.
De acordo com Arraes, o foco de captação interna será o Ministério de Ciência e Tecnologia. No Exterior, a estatal está em contato com o Banco Mundial (Bird) e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
? Além disso, apresentaremos nossa intenção para fundos setoriais ? explicou.
O Projeto Biomas visa a identificar os diferentes potenciais de uso da terra e estabelecer parâmetros para o desenvolvimento da agropecuária sustentável. Prevê ainda o estudo e determinação de áreas estruturalmente frágeis com posterior criação de seis unidades demonstrativas de 500 hectares em cada um dos biomas brasileiros: amazônico, caatinga, cerrado, mata atlântica, pampa e pantanal. Essas áreas serviriam como padrões para a produção sustentável.
A estatal reservará 60 pesquisadores da casa para tocar o projeto, mas pretende contar, ao todo, com 240 profissionais oriundos de universidades parceiras. De acordo com o projeto, 70% dos recursos serão destinados à mobilidade dos cientistas. Até o fim deste ano, os pesquisadores devem aprofundar os trabalhos em dois biomas, a mata atlântica e o cerrado, onde está concentrada a maior produção de alimentos do Brasil.
? Se conseguirmos os recursos, poderemos iniciar as pesquisas nos seis biomas de uma só vez ? comentou Arraes.