Embrapa Rondônia faz parcerias e testes para colheita semimecanizada de café no Estado

Alternativa pode reduzir problema da falta de mão de obra, que está limitando desenvolvimento da produçãoA cafeicultura em Rondônia sempre foi considerada uma das principais atividades agrícolas do Estado, no entanto, a falta de mão de obra tem sido um grande limitante ao desenvolvimento da produção, tanto em quantidade como em qualidade. O êxodo rural e o envelhecimento da população do campo estão colaborando para a falta de trabalho qualificado, visíveis principalmente no período da colheita.   Com foco nesta realidade, a Embrapa Rondônia está avaliando a implementação de técnicas que aumentem o

– As parcerias firmadas com as empresas de máquinas e equipamentos agrícolas Indústrias Colombo/Miac e Yanmar/Agritech propiciam a adequação e o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos que muito em breve poderão ser utilizados pelo agricultor no seu dia a dia – afirma o pesquisador.
 
Segundo ele, o objetivo é, a curto e médio prazo, avaliar o desempenho e a viabilidade da colheita semimecanizada em lavouras instaladas sob diferentes sistemas de manejo, condução e cultivares.

– Também será estudado o efeito dessa alternativa à colheita manual sobre a produção e qualidade do café, assim como sobre a longevidade das plantas – explica.
 
Parcerias e os primeiros testes
 
No mês de maio deste ano, a parceria entre Embrapa Rondônia, Indústrias Colombo/Miac e, posteriormente, com a Yanmar/Agritech proporcionou o início dos trabalhos para a colheita semimecanizada do café Canephora no Estado. Estão sendo utilizados nos estudos colhedoras e equipamentos das Indústrias Colombo/Miac e o trator da Yanmar/Agritech, todos no Campo Experimental da Embrapa Rondônia em Ouro Preto do Oeste.
 
Nos primeiros testes, realizados no município de Alta Floresta do Oeste (RO), foram feitas medições e, comparando com a colheita manual, o rendimento da máquina foi de aproximadamente cinco para um. Isso quer dizer que, considerando a máquina trabalhando com quatro operadores, ela tem potencial de fazer o trabalho de derriça de mais de 20 homens.

– Entretanto, muito trabalho ainda há de ser feito. É preciso um ajuste mais fino das máquinas, assim como um planejamento da implantação da lavoura e escolha de variedades com características desejáveis à colheita semimecanizada (porte e arquitetura da planta, homogeneidade de maturação e produtividade) – detalha Enrique Alves.