O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu o primeiro alerta de emergência hídrica sobre escassez de chuvas, de junho a setembro deste ano, na Bacia do Rio Paraná. A região abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
De acordo com o Ministério da Agricultura, estudos realizados pelo SNM para acompanhamento meteorológico para o setor elétrico brasileiro alertam que as perspectivas climáticas para 2021/2022 indicam que a maior parte da região central do país, a partir de maio até final de setembro, entra em seu período com menor volume de chuvas (estação seca).
A previsão climática elaborada pelo sistema indica para o período junho-julho-agosto/2021 a mesma tendência. Ou seja, pouco volume de chuva na maior parte da Bacia do Rio Paraná. “Essa previsão é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática”, diz nota conjunta.
Criado em maio, o SNM é coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), com a participação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). As instituições federais atuam de forma conjunta para aprimorar o monitoramento e a elaboração de previsões de eventos meteorológicos extremos, pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor.
Total de chuva acumulada
Segundo o SMN, a análise das chuvas entre outubro de 2019 a abril de 2021 para a Bacia do Rio Paraná indica que, com exceção de alguns meses quando as precipitações ficaram acima da média climatológica (dezembro/2019, agosto/2020 e janeiro/2021), durante a maior parte do período houve predomínio de déficit de precipitação, principalmente a partir de fevereiro/2021.