Em 2006 o filho da vice-presidente Ong Rodas da Paz, Beth Davison, morreu atropelado quando ia para o trabalho de bicicleta. Ainda assim, não desistiu de usar o veiculo alternativo.
? A partir dali eu fiquei com muito medo de usar a bicicleta. Eu uso ainda moderadamente. Vou a padaria de bicicleta, ao cabeleireiro, faço pequenos percursos ? conta.
Ela é uma das milhares de pessoas que aproveitaram o Dia Mundial Sem Carro para incentivar o uso transportes que não agridem o meio ambiente.
Do escapamento de um carro saem pelos menos cinco tipos diferentes de poluentes. Eles prejudicam a vegetação, as lavouras, a atmosfera e o até mesmo o organismo diretamente, podendo causar o câncer e problemas respiratórios.
Dados do Ipea mostram que as emissões de gás carbônico por veículos triplicaram nos últimos 20 anos no Brasil. Com os avanços tecnológicos, as emissões individuais dos veículos caíram 40% desde os anos 90. A frota nacional, no entanto, que cresce 7% ao ano, é responsável pelo aumento nos índices de poluição.
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? Com a tecnologia atual e usando os combustíveis tradicionais, os ganhos de eficiência já chegaram a um limite. Daqui pra frente a tendência é aumentar mesmo esses poluentes locais se não se fizer um processo de alteração tecnológica ou mudança na matriz modal ? explica o pesquisador Ipea Carlos Henrique Ribeiro.
A mudança depende da criação de políticas públicas e também do comportamento das pessoas.
? Temos que caminhar no sentido do padrão europeu. As pessoas terem acesso ao transporte individual, mas no dia a dia fazerem o uso de um transporte mais eficiente energeticamente e em termos ambientais ? complementa.
? Eu gostaria mesmo que Brasília tivesse um transporte público eficiente, confortável e com horário para que a gente pudesse usar o transporte coletivo, termos menos carros nas ruas e nós ciclistas, mais segurança ? conclui Beth.
