De acordo com dados divulgados nesta segunda, dia 9, de janeiro até setembro, antes do agravamento da crise financeira mundial, o emprego na indústria chegou a registrar expansão de 2,7%. No último trimestre de 2008, no entanto, houve recuo de 1,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, interrompendo uma série de 10 trimestres de expansão nessa comparação.
Ainda segundo a pesquisa, em dezembro houve queda de 1,1% no nível de emprego na indústria, em relação ao mesmo período do ano anterior. Trata-se da primeira taxa negativa após 29 meses consecutivos de expansão e o menor resultado desde janeiro de 2004 (-1,2%).
Nesse tipo de comparação, as demissões superaram as contratações nas indústrias de 11 dos 14 locais pesquisados. Entre eles aparecem São Paulo (-0,8%), responsável por aproximadamente 35% do emprego industrial de todo o país e que desde abril de 2004 (-0,8%) não apresentava queda nesse indicador. Santa Catarina (-3,2%), Paraná (-3,1%) e região Nordeste (-2,0%) foram os que exerceram as maiores pressões negativas.
Já entre os ramos industriais, foram observados recuos nos níveis de emprego em nove dos 18 investigados. As reduções mais significativas ocorreram em vestuário (-8,4%); calçados e artigos de couro (-8,7%) e madeira (-11,9%).
O número de horas pagas teve queda de 1,7% na passagem de um mês para o outro. Já na comparação com igual período do ano anterior, houve recuo de 1,8%, a menor taxa desde dezembro de 2003 (-1,9%). Com isso, o indicador acumulado em 2008 teve alta de 1,9%.
O levantamento mostra, ainda, que o valor da folha de pagamento do pessoal ocupado no setor encolheu 0,7% na passagem de novembro para dezembro, mas teve alta em relação a dezembro de 2007 (4,1%). No acumulado do ano, a pesquisa indica expansão de 6,0%.