A Camera inaugurou em novembro de 2010, em Ijuí, a sua usina com capacidade para 144 mil metros cúbicos por ano. A empresa começou as primeiras entregas do produto no mês passado e planeja uma ampliação de 60% da unidade no segundo semestre.
? O biodiesel integra o nosso projeto de agregar valor ao grão. E 70% do farelo que vamos produzir em Estrela vai para exportação ? diz o diretor administrativo e financeiro da Camera, Fabio Magdaleno.
A aquisição inclui as unidades de esmagamento em Estrela e de armazenagem no município, em São Borja e Palmeiras das Missões. Com o negócio, a Camera vai aumentar o processamento de soja de 360 mil toneladas em 2010 para 900 mil toneladas este ano. Cerca de 70% do óleo extraído será destinado ao biodiesel. O valor do negócio não foi revelado.
O movimento repete a estratégia de outras empresas gaúchas que no ano passado, até novembro, produziram 454.189 mil metros cúbicos do biocombustível ? volume que demandou o esmagamento de até 2 milhões de toneladas de soja, o equivalente a 20% da safra gaúcha, aponta a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais.
Além da Camera, a Bianchini pretente colocar em operação em junho a sua usina de biodiesel em Canoas, enquanto outras empresas, como BSBios, de Passo Fundo, e Oleoplan, de Veranópolis, investem para elevar a capacidade de processamento de soja visando a aumentar a disponibilidade de óleo para produzir o combustível.