Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Empresa de celulose retoma projeto no Rio Grande do Sul

Investimento na ampliação poderá chegar a US$ 2,5 bilhões e unidade deverá gerar 2,5 mil empregosQuase três anos depois da suspensão do aumento da capacidade de produção de celulose na cidade de Guaíba (RS), começa a tomar forma a retomada que pode alcançar investimento de US$ 2,5 bilhões e gerar 2,5 mil empregos no Rio Grande do Sul. Depois da apresentação da nova unidade de 1,3 milhão de toneladas para potenciais fornecedores, nesta terça, dia 29, participantes saíram com a certeza de que a expansão da Celulose Riograndense vai sair do papel.

O presidente da empresa, Walter Lídio Nunes afirma que a decisão está “sendo elaborada”, porque terá de passar pelo crivo final do acionista no início de 2012.

? Já estamos preparando a área da unidade atual, com obras viárias, o que prova que há intenção séria no projeto. Os ventos apontam nessa direção ? disse o presidente da empresa.

Pela descrição do executivo, a revisão do projeto original, apresentado pela Aracruz em 2008, já passou das etapas iniciais, quando se concluiu que valia a pena ir em frente. Um dos sinais da retomada é o grau de planejamento da obra. No detalhamento, está previsto o início da produção para agosto de 2014, o que significa que a nova unidade teria de ser construída em 24 meses.

Para alcançar esse objetivo, Nunes já está planejando a contratação de mão de obra, já que o número de operários no canteiro de obras chegará a 7,5 mil no pico da movimentação. Nesta terça ele se reuniu com empresários locais.

? Queremos evitar os inconvenientes que grandes projetos têm com a importação de trabalhadores. Com mão de obra local, não precisaremos de alojamentos. Prefiro colocar ônibus percorrendo 70 quilômetros, trazendo gente de áreas como a região carbonífera ? afirmou Nunes.

A empresa pertence ao grupo chileno CMPC, que no Brasil controla a Melhoramentos Papéis, do segmento de toalhas e guardanapos. O destino dos dois milhões de toneladas de celulose produzidos no Estado, explica o presidente da Riograndense, é a exportação.

Como a venda ao Exterior não gera Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal instrumento para concessão de incentivos estaduais, a expansão não receberá benefícios fiscais diretos. Estão em negociação com a Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento benfeitorias como asfaltamento de um trecho de estrada que encurtaria em nove quilômetros o percurso para chegada de madeira à unidade. O escoamento da produção será por barcaças, do Rio Guaíba à Lagoa dos Patos e depois até o Porto de Rio Grande.

Oportunidade para indústrias do Estado

Além dos benefícios para a cidade de Guaíba, a expansão da Celulose Riograndense promete espalhar efeitos pelo Rio Grande do Sul. O vice-presidente da Abimaq-RS, Hernane Cauduro saiu convicto do encontro desta terça.

? Pode haver mudanças em detalhes, mas já dispararam o cronograma, a expansão está assegurada ? afirmou Cauduro.

Entusiasmado com um dos maiores investimentos no Estado, único comparável à ampliação da General Motors, de US$ 2 bilhões, Cauduro exemplifica o potencial de movimentação da indústria gaúcha com o caso de uma empresa de Bento Gonçalves que faz tanques para a indústria de bebidas. A Riograndense precisa de equipamentos feitos com aço inoxidável, porque o processo de fabricação de celulose envolve produtos corrosivos. A indústria da Serra avalia que poderá produzir os equipamentos, diversificando sua linha atual.

? A empresa está disposta a explorar ao máximo as oportunidades aos fornecedores locais. A próxima etapa será uma visita aos candidatos a fornecedor, que entrarão numa lista entregue à responsável pela construção. Na hora de negociar a compra, o cliente final vai interceder em seu favor ? aposta Cauduro.

Sair da versão mobile