A tecnologia é cada vez mais presente na agricultura e deve ser uma facilitadora aos produtores rurais, já que traz dados valiosos sobre o manejo de todas as etapas de produção. Por isso, treinamentos e cursos são fundamentais.
Pensando nisso, a multinacional brasileira Jacto levou à feira Show Rural Coopavel suas principais máquinas e soluções, mas também reforçou a importância de transmitir ao agricultor a capacitação oferecida pela Fundação Shunji Nishimura em parceria com a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec).
Segundo o diretor de marketing da companhia, Wanderson Tosta, o curso de técnico em agricultura, antigamente ministrado, teve todo o conteúdo atualizado e hoje se divide em dois mais completos: mecanização em agricultura de precisão e big data voltada ao agronegócio.
“Esses cursos ensinam a lidar com todas as informações que o campo tem gerado. O produtor consegue evoluir em eficiência, em qualidade. Assim, a companhia vai aumentando o nível de tecnologia das máquinas e dando treinamento aos produtores de forma que todo o setor evolua. É um ecossistema que tem de caminhar junto”.
Tecnologias embarcadas
O avanço da capacitação dos agricultores – cuja média já é bastante tecnificada, principalmente nas grandes regiões produtoras de soja – tem permitido que a Jacto aumente a quantidade de tecnologias embarcadas em seus equipamentos, sempre de olho na sustentabilidade de todo o processo.
Nesse sentido, o presidente da multinacional, Fernando Gonçalves, salienta que o Brasil e o mundo presenciam um grande processo de transformação da agricultura no Brasil e no mundo.
“Na era industrial, entre os séculos 17 e 20, o foco da indústria esteve no desenvolvimento da mecânica e de produtos químicos. Agora, na Era do Conhecimento, presenciamos maior atenção aos produtos biológicos contra pragas e doenças das plantas, e cuidados com o solo, além de tecnologias e conectividade para uma gestão dos negócios baseada em dados”, comenta. “É nessa direção que estamos seguindo”.
Uma vitrine de toda essa transformação é apresentada pela Jacto nas maiores feiras do setor, como ocorreu na Show Rural Coopavel, entre os dias 6 e 10 de fevereiro, em Cascavel, Paraná. No estande da empresa, a palavra de ordem era Solução. Veja os principais destaques da empresa:
Soluções em adubação
A operação de adubação ganhou agilidade e precisão com tecnologias que promovem qualidade de distribuição e dosagem dos fertilizantes no solo, com mais uniformidade de aplicação e economia de produtos.
Por meio do aplicativo SmartSet, o agricultor tem acesso a ferramentas únicas que o ajudam no ajuste da faixa de aplicação para uma correta regulagem e calibração da máquina. Essas tecnologias foram desenvolvidas para a linha de adubadoras a lanço Uniport 5030 NPK e Tellus 10.000 NPK.
Outras tecnologias exclusivas presentes nos dois equipamentos são o Controle Automático de 12 seções, o Controle de Bordadura e o Controle Duplo de Taxa Variável. O Controle Automático de seções segmenta a faixa de aplicação em até 12 partes para minimizar a sobreposição, o que chega a reduzir 15% dos custos com fertilizantes.
“Toda essa questão de redução de custos, da qualidade da operação que o produtor executa acaba sendo um diferencial da Jacto. Somos uma empresa nacional que trabalha muito perto do produtor para levar a ele a melhor solução para atender a demanda de cada segmento de mercado”, afirma Tosta.
Soluções em plantio
Entre as máquinas que compõem a linha de plantio da Jacto estão a Lumina 300, que está em pré-lançamento, e a Meridia 200. Tratorizada e autotransportável, a Lumina 300 pode ser configurada com 16, 18 ou 22 linhas de plantio. O equipamento oferece reservatório central com capacidade de 5.100 litros e sistema de pulverização do sulco com tecnologia totalmente integrada à plantadeira.
Segundo o diretor de marketing da empresa, a Lumina 300 possui soluções diferenciadas para prover excelência em plantabilidade, fluxo de palha eficiente, elevado rendimento operacional e economia de insumos com o uso de ferramentas de agricultura de precisão.
Já a Meridia 200, disponível no mercado com 11, 13 e 15 linhas, proporciona melhor plantabilidade com um exclusivo sistema de pressão constante na linha de plantio, que permite profundidade e mais uniforme das sementes. “Um grande diferencial competitivo é uma maior disponibilidade para o trabalho, pois ela tem reservatórios de adubo e sementes que permitem maior autonomia”, informa o diretor.
Soluções em pulverização
A família de pulverizadores Uniport ganhou novas tecnologias. A Uniport 2030 foi equipada com a tecnologia de pulverização Multicontrol, solução que trabalha com tempo de resposta até duas vezes menor quando comparado com os sistemas convencionais de controle, permitindo maior precisão nas aplicações.
Segundo Tosta, a máquina também passa a contar com a automação do sistema de transmissão, deixando sua operação similar a um Uniport 3030 que, além de melhorar a experiência do operador na condução do veículo, favorece a redução no consumo de combustível.
A Uniport 3030 e a Uniport 4530 ganharam nova versão do sistema de transmissão, o qual, dependendo das condições de aplicação, proporciona economia de combustível de até 20%. Aliás, a partir de 2023, os modelos passam a ser comercializados com a opção do sistema PWM para uma pulverização ainda mais uniforme, pois mantém o tamanho das gotas mesmo com variação de velocidade da máquina. “Quando integrado ao sistema bico a bico, o PWM faz a gestão automática da operação”, conta.
De acordo com Tosta, as soluções da Jacto sempre levam em conta as características particulares de clima, solo e relevo que diferenciam o Brasil do mercado externo. “Aqui, em uma mesma área, em um mesmo hectare, planta-se, muitas vezes, três safras. Então os produtores fazem um uso bastante intensivo do solo e o cliente exige de nós, como fabricantes, mais velocidade e qualidade para a sua fazenda porque ele precisa ser muito eficiente”.
Tais demandas consideram que as máquinas não podem parar, já que as safras são seguidas e as janelas, curtas. “Isso para nós é um aprendizado contínuo e faz com que a gente evolua. Estamos preparados, sempre temos o que aprender e essa proximidade com o produtor tem sido uma grande oportunidade de evolução”, conta o diretor.