Os empresários querem aproveitar a prorrogação de 60 dias da Medida Provisória publicada nessa segunda, dia 11, no Diário Oficial da União, para discutir mais alguns pontos. Entre eles está a chamada centralização administrativa, em que os órgãos estaduais perderão poder e terão de seguir determinações do governo federal.
Os operadores portuários apoiam a Medida Provisória que cria um novo marco regulatório para exploração e concessão de portos no país. Mas querem que o governo reveja o item que trata da centralização administrativa. Pelo texto, os órgãos estaduais perdem poder e terão de seguir determinações da Secretaria de Portos da Presidência da República. – A medida provisória está muito bem escrita. Mas, certamente, existem outros aspectos, muitas demandas de outros setores – disse Mauro Santos Salgado, representante da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop).
Descontentes com a proposta, os trabalhadores avaliam a possibilidade de fazer novas paralisações. Uma delas pode acontecer dentro de uma semana. Para o presidente da Comissão Mista, o diálogo está avançando e os empregados não teriam motivo para cruzar os braços. – Eu não sei pra que uma paralisação. Porque, na última reunião que nós fizemos, eles colocaram a pauta. O governo está avaliando. A qualquer momento nós chamaremos aqui. Portanto, não tem sentido – falou o deputado federal José Guimarães (PT-CE).
Segundo o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), que preside a Força Sindical, os trabalhadores estão dispostos a rever a paralisação prevista para terça, dia 19. A mudança de postura se deve à prorrogação, por 60 dias, do prazo da Medida Provisória dos portos. A decisão será avaliada em uma nova plenária, que acontece nesta quarta, dia 13.