– Essa é a lavoura que cresce em uma das áreas mais secas do Meio-Oeste, e é onde esse avanço está ligado ao maior retorno – avalia o geneticista.
Por anos, as empresas usaram técnicas convencionais e biotecnologia para criar um milho mais duro. Mas, recentemente, elas estão testando variedades criadas com o objetivo de enfrentar a estiagem.
A Syngenta fez um lançamento limitado nos últimos dois anos de uma variedade comercial de grão tolerante à seca, chamada Agrisure Artesian, e planeja ampliar a oferta para o plantio do próximo ano. A semente pode elevar a produtividade em até 15% em relação a outros híbridos em caso de “estiagem moderada a severa”, diz Wayne Fithian, gerente de produto da empresa.
A Optimum AQUAmax, da DuPont chegou ao mercado no ano passado e foi plantada em cerca de 2 milhões de acres no Cinturão do Milho em 2012. Segundo dados da unidade agrícola da companhia, a DuPont Pioneer, essa variedade de milho rendeu quase 8% a mais do que os híbridos concorrentes em condições secas.
Vários produtores que plantaram variedades tolerantes à estiagem neste ano disseram ter ficado satisfeitos com os resultados. Ambas as sementes foram criadas com versões avançadas das técnicas tradicionais de criação de variedades.
A Monsanto está se preparando para lançar a DroughtGard, um milho geneticamente modificado para tolerar condições secas. Neste ano, aproximadamente 250 agricultores nos estados das Grandes Planícies testaram a semente, que deve chegar ao mercado em 2013. Dados preliminares mostram uma produtividade quase cinco vezes maior por acre do que os híbridos resistentes à estiagem dos concorrentes, disse a companhia. Alguns críticos, no entanto, acreditam que essa tecnologia ainda não está pronta e que, neste momento, a melhor alternativa são sementes tradicionais.
A Syngenta disse que planeja introduzir milho transgênico tolerante à seca somente depois de 2015. Já a DuPont Pioneer não pretende lançar uma variedade até a próxima década. Os Estados Unidos são o maior produtor e exportador de milho do mundo, com a safra avaliada em US$ 76,5 bilhões em 2011, de acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA). As informações são da Dow Jones.