Embora o momento seja de incertezas, a expectativa é de negócios aquecidos durante a feira, que se estende até sexta, dia 6. A previsão é de superar R$ 1,1 bilhão em vendas de máquinas, volume de 2010.
Os reflexos do chamado tripé do mal são percebidos nos planos de expansão detalhados pelas empresas multinacionais durante o evento, que ocorre nesta semana em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Os mercados asiáticos, especialmente a China, e o argentino nunca foram tão visados.
O primeiro destino deve-se ao movimento mundial para marcar presença na segunda maior economia mundial, enquanto o segundo é resultado da política adotada pelo governo da Argentina para barrar a entrada de máquinas brasileiras no país. Em 2010, o mercado argentino consumiu 4,5 mil colheitadeiras ? quase a totalidade do Brasil.
Valtra pretende expandir unidade para a Argentina
A empresa Valtra, marca do grupo Agco, planeja a expansão da linha de montagem de tratores em Rosário, na Argentina. A estratégia é analisada para driblar as barreiras impostas pelo país vizinho ? e equilibrar a balança comercial entre os países.
? O custo Brasil está complicando as nossas exportações. Temos de pisar no acelerador e buscar uma solução ? disse André Carioba, vice-presidente sênior da AGCO na América do Sul.
Com duas fábricas no Rio Grande do Sul, em Montenegro e Horizontina, a John Deere, aposta na China para a instalação da quinta unidade no país asiático. Além disso, não descarta investimentos para produzir na Argentina, onde tem uma fábrica de motores, reconhece Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos para América Latina da John Deere.